Após audiência pública na tarde da última quarta-feira na Assembleia Legislativa, com o secretário da Saúde, Carlile Lavor, deputados presentes propuseram a criação de uma subcomissão para acompanhar os trabalhos da área. No entanto, a proposta não agradou alguns membros da comissão de Seguridade e Família, que acreditam que o colegiado deve ser fortalecido e acompanhar as atividades realizadas pela gestão da Saúde no Ceará. O vice-presidente do grupo, Carlos Felipe (PCdoB), voltou a defender que as comissões técnicas devem ser fortalecidas. "Ela tem que ser criada pela comissão de Saúde e não de forma paralela", aponta. "Na vontade de ajudar, as pessoas começam a atropelar a estrutura que já existe. A comissão tem que funcionar e ela está trabalhando", completa. Segundo Felipe, o colegiado já havia se reunido antes com o governador Camilo Santana e com o secretário Carlile Lavor e, na próxima semana, explica, terá reunião com o chefe do Executivo Estadual. "A comissão já vem trabalhando, organizando reuniões dentro da Casa, solicitou audiências, inclusive os deputados que estão propondo a subcomissão podem ser convidados. Temos propostas a serem apresentadas e temos trabalhado muito", ressaltou. Cirurgias Para o deputado Welington Landim (PROS), a criação de uma subcomissão não se faz necessária. Dentre os temas que ele enumerou como passíveis de discussão no colegiado, estão as filas e cirurgias eletivas, internações em maior quantidade e a situação dos hospitais polos. "Dentro dessa lógica, acho que a comissão tem a condição necessária de dar resposta e fazer um trabalho muito bom. Só é necessário que haja uma subcomissão se a comissão não der resposta ao que está acontecendo", avalia. Silvana Oliveira (PMDB) subiu à tribuna para defender a proposta de Carlos Matos (PSDB) e disse que a ideia inicial é inserir representantes da sociedade para participar das discussões. Segundo ela, isso não causará demérito para a comissão. Para a parlamentar, a promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Porto, alertou que a comissão de Saúde não tem fiscalizado o orçamento dos hospitais públicos do Estado, o que seria uma das obrigações do grupo. "Quando há organismos que não sejam somente parlamentares, não vejo que tira o mérito da comissão, muito pelo contrário, porque essa é uma das metas da comissão", defendeu. Autor da proposta, Carlos Matos afirmou que ainda está discutindo o formato da subcomissão, mas defendeu que a instalação está prevista no Regimento Interno da Casa. "Claro que a comissão é quem deve tratar da complexidade da Saúde, e a subcomissão um assunto mais específico", destaca.