Segundo o deputado, diversos parlamentares alertaram o governador Cid Gomes que os méritos dos gestores da área não estavam à altura dos desafios a ser enfrentados. “Hoje vemos resultados, mas ainda muito aquém, e o secretário pede tempo. Algumas áreas melhoraram a sensação de segurança, mas são áreas isoladas”, lamentou. Já na saúde, ele chamou atenção para a situação de pacientes que se “avolumam” nas filas. “São problemas corriqueiros, que precisam ser debatidos”, ressaltou.
Roberto Mesquita desejou que o futuro governador, Camilo Santana, acumule sabedoria e forme sua equipe de secretariado com pessoas que tenham conhecimento do assunto de suas pastas. O parlamentar destacou que é preciso que o novo governante tenha liberdade, e não sofra pressão de partidos aliados. “É preciso que os partidos aliados deixem seu gestor solto, que ele tenha liberdade de trabalhar o melhor de cada partido, ver o perfil e alocar em cada pasta. Faço um apelo ao futuro governador para compor uma equipe à altura que o povo merece”, ressaltou.
O parlamentar também comunicou que deu entrada em projeto denominando a escola profissionalizante de Pacatuba de Raimundo Célio Rodrigues, ex-prefeito do município, já falecido. “Cabe à Assembleia Legislativa batizar a escola com o nome de alguém que tenha vínculos com a cidade ou com a educação”, afirmou, argumentando que o ex-prefeito cumpre os requisitos em razão de seu compromisso com a cidade, “a quem se doou”. Mesquita destacou o trabalho realizado pelo gestor. “Era considerado pai dos pobres. Um homem sem títulos, mas de uma sensibilidade grande”, justificou.
Durante seu pronunciamento, o deputado reclamou ainda do modelo atual de inscrições para o uso da tribuna. Segundo ele, como as inscrições são feitas por ordem de chegada, os parlamentares garantem espaços no Primeiro Expediente e, no momento de utilizarem a tribuna, pedem cancelamento da inscrição, prejudicando o debate. “Isso vem ocorrendo de forma corriqueira”, disse, acrescentando que “aquele que se inscreve é soberano do tempo, mesmo que não queira utilizá-lo”, pontuou.
O parlamentar defendeu uma revisão no Regimento Interno, para modificar a inscrição nos tempos. Ele acredita que isso daria mais chances a outros parlamentares de falar e garantiria debates mais propositivos e relevantes para a sociedade cearense.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) criticou o modelo de segurança do Estado, avaliado por ele como “totalmente corrompido, sem mérito e vitórias”. Ele defendeu uma mudança no modo como é gerida a pasta e lembrou que o governador Cid Gomes foi eleito com o discurso de que o Ronda do Quarteirão traria segurança. Segundo o peemedebista, dados mostram que esse plano não foi vitorioso.
LS/CG