“É só balela, querem resolver o problema só com palestra nas escolas, e isso não resolve. É importante, mas os traficantes estão nas portas das escolas e as autoridades fazem vistas grossas em relação a isso”, criticou.
O parlamentar afirmou ainda que o comércio da droga “está tomando conta” de Fortaleza, e citou como exemplo a cracolândia da Praça do Ferreira. “Não vejo nenhuma política clara de combate ao tráfico de droga no nosso Estado”, reclamou. O parlamentar, no entanto, disse estar esperançoso com a eleição de Aécio, que prometeu, segundo informou, endurecer as leis contra os traficantes e aumentar o rigor da fiscalização nas fronteiras com o uso das Forças Armadas.
“A droga está entrando. Na hora que se reduzir a entrada dessa droga, a violência diminui. Tem que acabar com o discurso barato que não leva a nada”, completou.
O parlamentar também reforçou as denúncias de irregularidades no âmbito do Governo Federal e criticou a “promoção do terrorismo” por parte do Partido dos Trabalhadores durante as eleições, destacando que discussões são necessárias para que haja esclarecimento por parte da população. “O PT, atolado em escândalos, age com maior simplicidade. Queria ver se fosse em outro governo qualquer. Você fica a imaginar que o Brasil é um mar de rosa nas mãos dessa turma”, pontuou, salientando que o País “quer uma mudança honesta, o que não acontece com o atual governo”.
Ao mencionar pesquisa Datafolha que saiu nesta segunda-feira (20) e que aponta a candidata Dilma Rousseff na frente de Aécio Neves, o deputado disse que as pesquisas devem ser questionadas. Ele apresentou dados que apontam que o tucano está à frente na maioria das regiões. “Essas pesquisas induzem as pessoas. Elas deveriam ser permitidas até um certo período, para não influenciar o eleitorado brasileiro”, sugeriu.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) lamentou o discurso “do pavor e do terror” por parte dos petistas, o que teve efeito contrário e levou a população de alguns estados do Nordeste, como Pernambuco, a não votarem em candidatos do Partido dos Trabalhadores. “Aqui nessa Casa só terá dois petistas, e nenhum deputado do PT foi reeleito. É uma pena, pois tem parlamentares valorosos, mas esse discurso do terror, de que se Aécio for eleito o Brasil vai acabar, foi esse mesmo discurso que a população na hora de votar mediu”, avaliou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) reiterou a preocupação de Ely em relação ao aumento do crack no Estado, responsabilizando o atual governo pela negligência em relação ao enfrentamento da droga.
O deputado Dede Teixeira (PT) comentou os dados do Datafolha, lembrando que, ao serem indagados sobre quem vai defender mais os pobres, 56% das pessoas responderam Dilma; e 44%, Aécio.
LS/CG