O deputado avalia que essas discussões sobre os problemas do Ceará são sufocados pela bancada de situação, porque não interessa ao Governo abordar determinados problemas. “Cadê a caixa de ressonância do povo cearense, quando se procurou debater a questão dos empréstimos consignados que serviu para enriquecer alguns?”, questionou o deputado.
De acordo com o parlamentar, 2015 também será um ano de seca, porém nada vem sendo desenvolvido no sentido de aplacar os efeitos da estiagem. “Talvez eu não me eleja nessas eleições, mas essa Casa precisa preparar o terreno para o próximo ano, e não fazer teatro como o leilão reverso que foi realizado na Assembleia”, pontuou.
O deputado frisou que todos os políticos, situação e oposição “são filhos da mesma chocadeira”. Ele lembrou que apesar de hoje estarem em lados opostos, Cid Gomes, Eunício Oliveira e Luizianne Lins já frequentaram o mesmo palanque em tempos recentes. Por isso, não seria possível se praticar política apenas adotando um lado, na visão do parlamentar. Ele defendeu a discussão dos problemas, para além dos arranjos político-partidários do momento.
Roberto Mesquita também criticou a forma como foi “fatiado” o Fundo de Combate à Pobreza, com todas as secretarias de Estado. “O Fecop foi criado com objetivos específicos, mas foi desvirtuado”, disse.
A deputada Eliane Novais (PSB) disse que Roberto Mesquita irá marcar a história da Assembleia, “porque sempre traz à tribuna a verdade”. Ela disse acreditar na reeleição do deputado do Partido Verde, porque a população se interessa em quem fala a verdade. A deputada lembrou que há várias matérias que estão “adormecidas em gavetas” e não são postas em votação porque não interessa ao Governo.
JS/CG