A demissão de policiais por conta dos movimentos sindicais e os problemas de operacionalização no Ronda do Quarteirão foram questionados por Fernanda Pessoa (PR). Ela citou medidas adotadas por outros estados para resolução do problema. Já João Jaime (DEM) quis saber sobre a falta de policiais nas delegacias nos fins de semana.
Servilho de Paiva explicou que a questão salarial depende do crescimento interno dentro da instituição. Ele lembrou que medidas estão sendo tomadas para diminuir, em curto prazo, a criminalidade . “Já temos dado respostas concretas”, disse.
Com relação aos policiais demitidos, o secretário enfatizou que não tem como falar em nome da Procuradoria. “Tudo está sendo feito com base legal, com a ampla defesa assegurada”, informou.
Quanto ao número do efetivo nos fins de semana, ele disse que esses dias são reservados para o descanso dos servidores. “Preciso rever a carga horária dos policiais, já que os finais de semana têm uma demanda maior, principalmente em algumas áreas mais específicas. Esse dever de casa a gente está fazendo”, salientou.
Carlomano Marques (PMDB) questionou sobre a nova postura do Ronda do Quarteirão na gestão do secretário, sobre o efetivo da Polícia Civil, entre outros pontos. Para o Servilho, o Ronda do Quarteirão precisa de um pouco mais de ação e proatividade. “Temos tentado aplicar condutas gerenciais, adotando medidas como a de patrulhar com o vidro abaixado, e estamos trabalhando para que orientações como essa sejam implementadas”, destacou.
Quanto ao efetivo da Polícia Civil, ele ressaltou que não houve um planejamento de gestão continuada com relação ao número de policiais aposentados e que, independentemente da demanda, o Estado deve se planejar. “Essa gestão continuada deve ser constante e vista como uma política de Estado e não de Governo”, pontuou o secretário.
Já Antonio Carlos e Camilo Santana (ambos do PT), mostraram preocupação com o excessivo número de casos de explosão a caixas eletrônicos e assaltos a bancos, e com a relação entre o problema das drogas e o aumento da violência no Ceará.
Servilho citou o caso do malote inteligente, dispositivo que destrói parcialmente as cédulas se um assaltante tomar posse do dinheiro de um banco, ressaltando que a medida é uma quebra de paradigma e, assim como outras medidas, precisa ser discutida; com relação às drogas, salientou que a questão dos leitos para dependentes químicos é um ponto central para enfrentar com maior celeridade a problemática.
DF/RG/LF