Ely sugeriu que os vereadores envolvidos no escândalo, Antônio de Lunga (PSC) e Ronnas Mottos (PMDB), afastados de suas funções, “devem ser ligados a algum político poderoso, que viu por bem afastar os delegados que estavam apurando essa investigação”. “Ou houve uma pressão por força política, ou foi um equívoco muito grande, considerando o ótimo trabalho que os delegados estavam realizando”, observou.
Conforme o parlamentar, esse afastamento dos policiais só poderia acontecer, por lei, em casos de equívocos cometidos durante a investigação ou em casos de interesse público. “Temos que averiguar o que motivou esse afastamento”, disse.
Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV) afirmou que “sugeriu ao secretário de Segurança a realização de um rodízio de policiais em algumas delegacias, visando uma maior celeridade nas investigações correntes e um empenho maior de todo o quadro de policiais”. “Tem delegacias em que ninguém faz nada, então é interessante que haja esse remanejamento”, explicou.
Já os deputados Roberto Mesquita (PV) e João Jaime (PSDB) se associaram à crítica de Ely. Roberto lembrou que o pedido de afastamento foi feito pelo Poder Executivo, “e acredito que temos que averiguar, para saber se a intenção foi prejudicar as investigações”. João Jaime também concordou que os fatos por trás desse remanejamento “devem ser esclarecidos”.
O deputado Heitor Férrer (PDT) considerou essa “troca de delegados uma infeliz coincidência, que só prova que o Executivo interfere de todas as formas quando está sendo investigado”.
PE/CG