Segundo o deputado, em 2010, depois do governo Lula, o ex-governador Ciro Gomes pensou em pleitear candidatura, mas o partido decidiu honrar o compromisso com o PT para eleger a presidente Dilma Rousseff. “Agora, quatro anos depois, ocupando cargo no Governo e sem nenhum motivo, o presidente da Executiva Nacional do PSB, Eduardo Campos, que dizia que deveríamos honrar o compromisso com o PT, quer se colocar como candidato sem nem mesmo ter terminado o ciclo como governador de Pernambuco”, criticou.
Welington Landim ressaltou que, na próxima quinta-feira (26/09), a partir das 19h, vai haver uma reunião com as lideranças e membros do PSB. “Espero que, nessa reunião, tomemos uma decisão definitiva. Esperamos ainda coerência da Executiva Nacional, que já agiu com hostilidade ao convidar a ex-prefeita Luizianne Lins e o deputado Heitor Férrer para se juntar ao partido, sabendo que eles fazem oposição ao Governo e que esta deveria ser uma decisão da Executiva Estadual”, afirmou.
Em aparte, o deputado José Sarto (PSB) salientou que, quando o PSB apoiou o prefeito Roberto Cláudio, um grupo liderado pela deputada Eliane Novais (PSB) apoiou o candidato petista. “Já aconteceram episódios de PSB ter candidatos e membros votarem em outras siglas e nunca houve retaliação a ninguém. Logo, o governador Cid pode estar no PSB e apoiar outro, mas, para preservar quem tem mandato, o governador está tomando as formas legais e pacíficas de resolver a situação”, disse.
O deputado Antonio Granja (PSB) classificou a situação do PSB de complicada. “Participei das reuniões do partido e me sinto contemplado com as falas de Landim e Sarto. Não gostaríamos de estar nessa situação, porque tenho grande afinidade e amor pelo partido”, frisou.
O deputado Lula Morais (PCdoB) destacou que o problema do PSB traz consequências para o projeto de Governo do Brasil. “Não sou do PSB, mas essa situação nos preocupa porque não é um problema do partido, é um problema para o Estado e para o País”, ressaltou. O parlamentar questionou ainda com quem o governador Eduardo Campos pretende se unir para disputar as próximas eleições. “Eduardo Campos vai se juntar com muita gente que não presta, porque quem vai sobrar para apoiar?”, questionou.
O deputado Sineval Roque (PSB) lamentou a situação do PSB. “Não se pode prejudicar o projeto nacional e estadual do partido”, salientou. O deputado Sérgio Aguiar (PSB) explicou que o partido ganhou em 2010, quando Ciro deixou de disputar para apoiar o PT. “Ganhamos em lideranças municipais e agora passamos pela mesma coisa. O PSB deve continuar crescendo para poder disputar as eleições em 2018, quando o partido estiver forte”, ressaltou.
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