Segundo o parlamentar, essa era a realidade do Ceará até o ano de 2006, com a Carta Magna do Estado, prevendo esse direito à pensão vitalícia. Ele relatou que, em 2006, teve a ideia de apresentar uma emenda à Constituição retirando esse direito, considerando que havia um “abuso de privilégio”.
“Isso não era só um privilégio, era um abuso de privilégio. Nesse sentido, eu apresentei uma emenda na época, mostrando ao então presidente da Assembleia, Marcos Cals, e conversando com cada um dos deputados que não era justo um governador passar seis meses de mandato e sair com uma pensão vitalícia, enquanto um trabalhador comum passa 35 anos contribuindo para se aposentar ao final desses 35 anos”, salientou Heitor Férrer.
O deputado reconheceu que a aprovação da sua emenda foi um feito para a população cearense. “Quem paga um abuso desse é o contribuinte. A minha emenda foi aprovada em dezembro de 2006 e de lá para cá o então governador Lúcio Alcântara não teve esse direito, assim como o Cid Gomes e agora nem o Camilo Santana nem a Izolda Cela também terão”, citou.
O resultado dessa medida, segundo ele, foi uma economia de milhões de reais nos cofres públicos. “Somando-se apenas as aposentadorias do Lúcio Alcântara e do Cid Gomes nós alcançaríamos mais de R$ 9 milhões. Com a emenda da minha autoria nós geramos uma economia para o contribuinte cearense de quase R$ 10 milhões. Para um Estado pobre isso é muito”, assinalou Heitor Férrer.
RG/AT