O deputado Agenor Neto (PMDB) se desculpou, ontem, durante sessão no plenário da Assembleia Legislativa, pelas desavenças, na semana passada, com o deputado Osmar Baquit (PSD). A discussão envolveu também correligionário de Agenor, o deputado Tomaz Holanda (PMDB).
“Pelo dever do compromisso, pelo mandato que exerço e também por tomar posições quando acho que devem ser tomadas, quero pedir desculpas ao povo, aos cearenses que me colocaram aqui na casa. A atitude que tomei semana passada, realmente, não pode ser repetida”, reconheceu.
O parlamentar, que afirmou estar abatido com o episódio, pediu, no entanto, que seja analisado o que de fato ocorreu, por meio de vídeos. “Quem se preocupa muito com o mandato como eu, com minha imagem, e sei que sou referência para algumas pessoas, isso realmente repercute muito”, afirmou.
O deputado ressaltou que nada justifica o que ocorreu na casa, mas pediu uma reflexão para as condutas, em razão de divergências políticas. Para ele, é “inadmissível” que uma contrariedade possa ser motivo para agressão familiar com palavrões, como alegou ter sofrido.
Segundo Agenor Neto, o deputado Osmar Baquit o teria agredido atingindo em seu ponto mais fraco: seu pai. “Ele não tinha porque agredir com palavras meu pai, uma pessoa que luta pela vida e que é um exemplo para mim”, declarou.
Apoio
Os parlamentares Danniel Oliveira (PMDB), Dra.Silvana (PMDB), Gony Arruda (PSD), Renato Roseno (Psol), Audic Mota (PMDB), Tomaz Holanda (PMDB), Rachel Marques (PT) e Dr. Santana (PT) parabenizaram o deputado pela postura. Danniel Oliveira enalteceu a história do pai do parlamentar, que, segundo ele, é muito respeitado na região centro-sul pelos serviços prestado ao Estado. “É um homem honrado e não poderia ter sido citado a não ser em palavras honrosas”, disse.
Gony Arruda ponderou que a casa precisa ter a consciência de que “estamos no período eleitoral, um momento difícil”. “Mas espero que os dois coloquem um ponto final na história”, acrescentou. O deputado Renato Roseno enalteceu a postura de Agenor. “O ato é altivo e engrandece quem pede desculpas”, disse.
Audic Mota disse que os parlamentares estão sujeitos a serem levados a algo diferenciado. Mas, “o bonito é a retratação, é evoluir e a decência que teve, hombridade de subir para pedir desculpas por eventual excesso.” Rachel Marques acrescentou que o Parlamento é uma casa de confronto, mas de ideias. “Temos que prezar pelo respeito para que não haja episódio parecido com o que ocorreu”, assinalou. Já Dr. Santana defendeu que a casa precisa de um debate qualificado, mas de ideias e sempre de forma respeitosa.
Tomaz Holanda, que na ocasião saiu em defesa de Agenor, também pediu desculpas pelo descontrole.
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