A produção foi até Malhada da Caiçara, no sertão baiano. O repórter Jânio Alves mostra a casa onde Lampião conheceu e namorou Maria Gomes de Oliveira e a transformou na rainha do cangaço: Maria Bonita.
Comaspectos rústicos, a casa é preservada graças ao trabalho do pesquisador, que conseguiu transformar o lugar num museu no meio do mato. No local, estão expostos alguns objetos da família, da história de Maria Bonita e reproduções de fotos dos cangaceiros. Há uma foto na parede em que ela está com anéis de ouro nos dedos e ouro no lenço de pescoço. Maria Bonita gostava de se manter bem arrumada mesmo com a imagem atípica de uma fugitiva em esconderijos.
Alguns objetos valiosos de Maria Bonita estão sob a guarda de João de Sousa Lima, coordenador do Museu, como uma pulseira de ouro e uma corrente, além dos punhais e armas que estão em posse do Exército, mas serão repassadas ao museu.
MARIA BONITA
Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, nasceu e cresceu no povoado Malhada da Caiçara, que se localiza no município Paulo Afonso, na época município Glória, na Bahia. Depois de um casamento fracassado, no qual não gerou filhos, em 1929 tornou-se a namorada de Lampião, o “Rei do Cangaço”. Morando na chácara dos pais, um ano depois do namoro ela foi chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, tornando-se mulher dele, com quem viveria por oito anos.
Maria Bonita morreu em 28 de julho de 1938, quando o bando acampado na Grota de Angicos, em Poço Redondo (Sergipe), foi atacado de surpresa pela polícia armada oficial (conhecida como “volante”). Foi degolada ainda viva, assim como Lampiãoe outros nove cangaceiros.
A reportagem contou com o apoio da Agência Maria Bonita, de Paulo Afonso, na Bahia.
Siga-me é produzido por Rosanni Guerra, Clara Pinho e Virna Cavalcante e apresentado por Jânio Alves, com imagens de Salomão Costa, e edição de Samuel Frota. É exibido todas as quartas-feiras, às 19h20.
LS/LF