Para a deputada Erika Amorim (PSD), os conselheiros tutelares exercem uma nobre missão e a atividade deve ser fortalecida para que os profissionais exerçam sua função da melhor forma possível, visando estabelecer a garantia de direitos das crianças e adolescentes. A parlamentar anunciou ainda que esteve em Brasília junto as autoridades discutindo pautas como piso salarial e um curso de formação superior para a categoria.  

A deputada Augusta Brito (PcdoB) reconheceu o trabalho dos conselheiros e disse que são verdadeiros “guerreiros”, pois mesmo sem os equipamentos necessários, cumprem sua função de defender as crianças e adolescentes. Ela assinalou que para trabalhar como conselheiro tutelar tem que ter “muita força de vontade” devido a falta de estrutura para pra realizar o trabalho. Segundo ela, a falta de estrutura ainda é a realidade de muitos conselhos no interior do estado. “Já não é fácil trabalhar quando se tem condição e quando não se tem?”, questionou. 

O deputado Audic Mota (PSB) ressaltou que a Assembleia Legislativa, ao celebrar o Dia do Conselheiro Tutelar, demonstra seu respeito e reconhecimento a toda a categoria. E ressaltou que esses trabalhadores têm o papel de “orientar, zelar, cuidar” das crianças e adolescentes. Conforme o parlamentar, é um grande desafio para a sociedade e entidades cuidar das crianças e jovens e evitar o envolvimento deles com as drogas. “A Assembleia Legislativa é uma parceira incondicional dessa luta”, disse. 

Deputado Queiroz Filho (PDT) destacou que os conselheiros tutelares são pessoas escolhidas pela sociedade para defender  crianças e adolescentes por meio do recebimento de denúncias como maus tratos e outras violações. Para ele, a atuação do profissional “exige humanidade” pois atua em defesa da saúde do jovem.  

O deputado Nelinho (PSDB) reforçou a importância do trabalho da categoria. Ele salientou que conhece a atuação dos conselheiros tutelares e que tem ciência das dificuldades no dia a dia. “É difícil fazer com tão pouco”, afirmou. 

Nelinho frisou ainda que o Ceará conta com 900 conselheiros tutelares e que as crianças precisam dos cuidados diários desses profissionais, que contribuem para um futuro promissor desses jovens. 

Bruno Pedrosa (PP) também parabenizou os homenageados e disse que a solenidade é um momento festivo e de alegria. Ele frizou que o conselheiro tutelar, mesmo com dificuldades, trabalha muito e nunca recua diante das adversidades, atuando diariamente para garantir e proteger os direitos das crianças e adolescentes, diante das mazelas sociais como “maus tratos, prostituição infantil, violência sexual entre outras”. 

O presidente da Associação dos Conselheiros, ex-Conselheiros Tutelares e Suplentes do Ceará, Eulógio Neto, ressaltou que a homenagem da Assembleia Legislativa é um momento de reconhecer os profissionais que “largam seus compromissos e concentram sua mente para garantir os direitos das crianças”. 

Também em nome dos homenageados, o conselheiro tutelar de Fortaleza e o fundador do Movimento dos Conselheiros Tutelares do Ceará, Tiago Simões, sugeriu aos parlamentares a apresentação de um projeto voltado a criação de uma estrutura administrativa no Estado para assessorar os conselhos.

Segundo ele, seria uma coordenadoria de políticas de fortalecimento do Conselho Tutelar no Ceará com assessorias técnicas voltadas à formação e estruturação da categoria. 

A profissão de Conselheiro Tutelar surgiu por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) criado em 1990. A finalidade é promover a garantia dos direitos das crianças e adolescentes, investigando denúncias de abuso desses direitos e determinando medidas para coibi-las. O Conselheiro Tutelar também pode assessorar o Poder Público na construção e implantação de medidas que visam fortalecer a proteção a infância e adolescência. 

LV/CG