Você está aqui: Início Últimas Notícias Fortalecimento de campanha contra febre aftosa é defendido em audiência
O parlamentar reconheceu o trabalho dos diversos órgãos envolvidos na campanha de vacinação. “Quero parabenizar a todos que têm trabalhado tanto e venceram e vêm vencendo a cada dia o preconceito de alguns, mostrando a importância que é essa vacinação e o quanto isso traz de benefícios a nosso Estado e, principalmente, aos produtores, pois isso é dinheiro no bolso deles”, destacou.
Entre os encaminhamentos da reunião estão a divulgação da campanha da febre aftosa nos órgãos de comunicação da AL e o encaminhamento ao Poder Executivo de sugestão para ampliar o efetivo da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri).
A presidente da Adagri, Vilma Freire, afirmou que a luta contra a febre aftosa no Ceará está sustentada na participação conjunta dos setores público e privado na definição de estratégias, o que tem resultado no sucesso das ações adotadas. “Agora o objetivo maior é levar o Ceará ao reconhecimento de livre da febre aftosa sem vacinação. Hoje é o primeiro dia útil da campanha, mas a gente também precisa reforçar nosso empenho para alcançar esse status”, frisou.
Amorim Sobreira, diretor de Sanidade Animal da Adagri, destacou o trabalho realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) com as agroindústrias, nas quais é exigido o comprovante de vacinação para colocar o leite no estabelecimento. Ele também citou o projeto Agrinho, iniciativa que promove a educação e o debate de temas relevantes relacionados ao agro em escolas do meio rural. “Isso para tentar levar essa ideia de sanidade agropecuária – da área animal, principalmente – para as crianças, para que elas possam replicar dentro de casa”, explicou.
Amorim alertou ainda para a importância da notificação de doenças, lembrando que a peste suína foi fruto de notificação de um produtor, que comunicou imediatamente à Adagri. “Isso tem que ser replicado no Estado inteiro. Estamos aqui para motivar o Estado a vacinar e também a notificar doenças. Se acontecer qualquer problema, temos que estar aptos a debelar o problema o mais rápido possível”, acentuou.
Para Antônio Rodrigues de Amorim, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), é fundamental passar a informação sobre a vacinação também para o interesse do consumidor. Ele observou que, nos últimos anos, os produtores têm “relaxado” em relação à vacinação contra a febre aftosa.
“É preciso que as pessoas retomem isso como elemento importante da economia, da área sanitária, da responsabilidade do produto que vamos colocar no mercado – seja ele a carne, seja ele o leite e seus derivados. Que a gente passe a compreender que o produtor tem relação direta com o consumidor e, se ele não tiver um produto que tem a segurança alimentar garantida, isso pode afastar o consumidor”, salientou.
Silvio Ribeiro, secretário executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), ressaltou a importância da campanha de vacinação e enfatizou o empenho de toda a equipe da Adagri, pedindo ainda apoio de todas as prefeituras para conseguir êxito nas ações de vacinação.
Rodrigo Diógenes, presidente da Federação da Agricultura e da Pecuária do Ceará, assinalou que o setor produtivo necessita de colaboração e apoio, acentuando que a vacinação contou com desafios de logística, laboratório e lockdown, entre outros. “Temos que criar esse ambiente positivo e sensibilizar cada vez o produtor a vacinar seus animais”, pontuou.
Representando a Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito Nascimento informou que alguns municípios usam seus agentes de saúde para divulgar a vacinação, o que, segundo ele, tem dado certo. “Temos que utilizar de todas as artimanhas para que a gente possa conseguir um resultado muito positivo”, comentou.
Também participaram do debate Wanderley Magalhães, representando o mandato do deputado Moisés Braz (PT); Antônio Francisco, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece); Joaquim Sampaio, da Adagri; Bessa Júnior, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), e o médico veterinário Péricles Montezuma.
BD/LF