Você está aqui: Início Últimas Notícias Qual é o Tom entrevista Pingo de Fortaleza sobre álbum "Além do Tempo Normal"
Composto, em parte, durante a pandemia e gravado integralmente nesse período, o álbum musical "Além do Tempo Normal" traz 12 músicas de sua autoria (músicas e letras).
A metade das canções foi composta por Pingo a partir de suas vivências e reflexões nesses últimos 16 meses, sob o impacto da pandemia do Covid-19 e das medidas sociais de combate a esse vírus.
Entre elas: "Aos Encantados - Ser Boreal", uma homenagem do artista às pessoas que fizeram suas “passagens” nesse tempo; "Mara Hope", uma reflexão sobre a história desse navio, encalhado desde 1985, no litoral Fortaleza, e a vida em geral; "De Um Tempo Mais Que Solar", uma ode ao Nkisi, da cultura Bantu Angola e uma reflexão sobre o Carnaval; "Canção Pequena para o Pacoti", um poema inspirado na força e beleza da natureza; "Céu de Fortaleza", um blues que narra uma relação afetiva especial de um fortalezense com sua cidade e suas contradições sociais, e "Além do Tempo Normal", que nomina o álbum, uma narrativa do ciclista Pingo de Fortaleza, em seus passeios no tempo de pandemia.
As outras seis canções do álbum, compostas por Pingo antes da pandemia, eram inéditas e completam o álbum: "O Pai que Carrego em Mim", sobre as semelhanças de pai e filho; "Para Minha Mãe Yemanjá", ode à Yemanjá e seu papel protetor, e uma reflexão sobre as pessoas em situação de rua; "Nas Quebradas Desse Chão", para Fortaleza e suas referências; "Nos Caminhos de Anaximandro", metáforas sobre o Morro Branco; "Sedruol - Minha Mãe", homenagem do artista à sua mãe e "Ser Obaluaê - Nossos Medos Viemos Cantar", canção que aborda o Orixá Obaluaê, seu poder de cura e a questão da depressão. Essa última vem em duas versões distintas no álbum, uma delas como faixa bônus.
Pingo de Fortaleza, nasceu em 8 de fevereiro de 1963, em Fortaleza, é cantor, compositor, violonista escritor, pesquisador e gestor cultural, tem especialização em Arte Educação e Cultura Popular pela Faculdade Darcy Ribeiro. Começou a carreira no início da década de 1980 nos movimentos estudantis secundarista e universitário na Capital cearense.
Com 28 discos autorais de diversas temáticas e timbres que versam da epopeia de Canudos ao universo afro do maracatu cearense, o trabalho do compositor passa por questões filosóficas, existenciais e afetivas e que misturam timbres e influências musicais, que vão do armorial ao pop, da música clássica e instrumental aos batuques dos maracatus.
Qual é o Tom do Ceará vai ao ar aos sábados, pela FM Assembleia, a partir das 12h, com apresentação e produção da jornalista Ian Gomes.
Da Redação