A secretária do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa, Luiza Martins, explicou que o Festival de Arte e Cultura da Assembleia Itinerante visa dar visibilidade à classe artística da macrorregião do Vale do Curu e litoral leste do Estado. “Os artistas foram muito prejudicados no período da pandemia, e esperamos aqui não apenas estimular a criação desses artistas, mas também contribuir com essa categoria”, disse. Segundo ela, os 16 municípios que compõem a região devem participar com seus artistas.
A assessora técnica do Conselho de Altos Estudos, que também está à frente da organização do festival, Fátima Feitosa, explicou que as apresentações serão distribuídas nos três dias de Assembleia Itinerante em quatro categorias: show de humor, música popular autoral, cantadores e música regional ou folclórica. Segundo ela, cada categoria terá seus primeiro, segundo e terceiro lugares, que levarão os prêmios em dinheiro de R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente. O resultado, ainda de acordo com ela, será divulgado na quinta-feira (30/09), após a sessão plenária, com a presença do presidente da AL, deputado Evandro Leitão (PDT).
APRESENTAÇÕES
Durante o primeiro dia, apresentaram-se os humoristas Nega Maluca (Elisson Brasil), de Itaipoca; Raimunda Acrashá (Wenderson Rodrigues), de Umirim; a dupla de repentistas Ananias Teixeira e Manuel Silva, de Itapipoca; Toinho da Mangueira e Vinícius da Viola, de Itapipoca; Messias da Viola e Narcélio Sousa, de Itapajé; C. Magrão, de Itapipoca; Taylor Santos, de Itapipoca; Sobrecéus, de Itapipoca, e Itapipoca de Cá pra Lá, também do município.
A noite contou com a abertura da dupla Orlângelo Leal e Ariadne Sampaio, dupla vencedora do último Festival de Música da Assembleia Legislativa, realizado em 2020, com a música "No Céu do Jardim".
Para Orlângelo, a AL está de parabéns pela iniciativa de realizar um festival de música no interior do Estado, algo que ele percebe como “oportunidade” para muitos artistas. Já Ariadne, que é natural de Itapipoca e canta em um grupo local, o Desabrigados, salientou que espaços como esse são de grande importância para dar visibilidade aos artistas locais. “É muito importante esse espaço para mostrarmos o nosso trabalho, principalmente quando estamos vindo de um momento tão difícil, em que nosso trabalho foi tão prejudicado”, refletiu.
Pingo de Fortaleza, um dos jurados do festival, também toca nesse ponto. “Nosso trabalho é aglomerar pessoas, e a pandemia nos tirou isso. Então é muito importante que a AL, nessa reta final da pandemia, se Deus quiser, já comece promovendo esse espaço de divulgação dos artistas locais, garantindo visibilidade e oportunidade”, disse. A iniciativa, segundo ele, deveria ser repetida em outras regiões do Estado.
Taylor Santos, um dos artistas de Itapipoca que se apresentou na noite de hoje, lembrou que, para artistas de municípios do interior, há muita dependência de eventos como esse para promover sua arte. “O festival de música da AL é muito famoso, e estou muito feliz de ter participado desse novo modelo, tocando minha música na minha terra para o meu povo. Sem dúvidas, foi uma grande honra participar desse momento”, afirmou.
Na quinta-feira (29/09), a segunda noite do Festival de Arte e Cultura segue com apresentações de artistas dos municípios Apuiarés, Irauçuba, Pentecoste, Tururu, General Sampaio, São Luiz do Curu e Paracuru.
PE/CG