Em destaque, fatos importantes da sua trajetória artística, em Fortaleza e no Rio de Janeiro e uma seleção de alguns dos principais sucessos do artista, como “Fanatismo”, “Frenesi”, “Años”, “Jura Secreta”, “Ave Coração”, “Canteiros”, “Cebola Cortada” e “Asa Partida”, dentre outros.
Mesmo nascido em Fortaleza, em 1949, Fagner foi registrado e se considera oriundo do município de Orós, onde cresceu e passou a infância.
O mais jovem de cinco filhos de José Fares Haddad Lupus, imigrante libanês, e de Francisca Cândido Lopes, Fagner ganhou um concurso infantil em uma rádio local aos seis anos de idade, cantando uma música em homenagem ao Dia das Mães.
Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais, onde começou a compor as suas próprias músicas. Em 1968, foi vencedor do IV Festival de Música Popular do Ceará, interpretando a música “Nada Sou”, em parceria com Marcus Francisco.
No ano seguinte, começou a se tornar popular no Estado ao participar de programas televisivos de auditório na TV Ceará, onde se juntou a outros compositores cearenses promissores, como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra. O grupo ficou conhecido como “o pessoal do Ceará”.
A carreira nacional de Fagner começou de forma despretensiosa. Ao se mudar, em 1970, para estudar arquitetura na Universidade de Brasília. Na capital Federal, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília, interpretando a música “Mucuripe” e se classificando em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu uma menção honrosa, assim como o prêmio de melhor intérprete, pela canção “Cavalo de Ferro”, e alcançou o sexto lugar com a música “Manera Fru Fru, Manera”.
Foi a partir desse sucesso que Fagner passou a despertar a atenção da mídia do Sudeste, fazendo com que as suas canções passassem a ser executadas nesse mercado.
No restante da década de 1970, a carreira de Raimundo Fagner decolou, com o lançamento dos seus primeiros discos, parceria com nomes como Elis Regina, viagens internacionais e participação em trilha de novela da TV Tupi.
Ao assinar com a gravadora CBS, em 1976, Fagner exigiu ser contratado também como produtor, onde ajudou a lançar para o País diversos nomes do Nordeste brasileiro, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Robertinho do Recife.
Na década de 1980, o cantor cearense gravou o álbum Traduzir-se, que foi lançado em toda a Europa e América Latina, simbolizando um marco em sua carreira. Em 1981, lançou ainda um álbum em espanhol, que era um antigo sonho de carreira. Nas décadas seguintes, Fagner seguiu lançando discos de prestígio e sendo reconhecido por sua trajetória de sucesso, formando parcerias com artistas como Roupa Nova, Chico Buarque, Zeca Baleiro, Fausto Nilo, dentre outros.
Produzido por Sonja Andrade, o Biografia traz o melhor de grandes artistas da nossa Música Popular Brasileira e vai ao ar todas as sextas-feiras, às 20h.
RG/AT