Você está aqui: Início Últimas Notícias Professor Sérgio Melo e medalhistas em Química participam do Inesp Ciência
O professor Sérgio Melo fez um relato histórico da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) que, segundo ele, teve como marco inicial as Olimpíadas de Ciências na USP (Universidade de São Paulo), que em 1986 realizou a primeira olimpíada de Química no país. O evento evoluiu até contar com a participação de estudantes de cinco estados em 1989, sendo suspenso no ano seguinte por falta de recursos financeiros.
Em 1995, o professor Sergio Melo disse que com a decisão da USP de não dar continuidade à Olimpíada Brasileira de Química (OBQ), ele se desligou do grupo que realizava o evento e, em 1996, formou a equipe que fez ressurgir a OBQ.
"O embrião para a retomada da OBQ foram as Olimpíadas Norte e Nordeste de Química realizadas em 1995 e já no ano seguinte foi realizada a Olimpíada Brasileira de Química e depois agregamos a Olimpíada Brasileira de Química Junior (OBQJr), Olimpíadas Jr. que reúne estudantes das séries finais do ensino fundamental, como parte do Programa Nacional Olimpíadas de Química.", afirmou.
A estudante cearense Ivna Ferreira Lima, única brasileira a conquistar medalha de ouro em uma Olimpíada Internacional de Química, feito conseguido em 2018, na República Tcheca, destacou a importância do professor Sérgio Melo na vida dela. "Ele mudou a minha vida e mudou a vida de muitos outros estudantes. As minhas conquistas foram devido ao incentivo para participar da olimpíada. Dediquei 90% do meu tempo no ensino médio para estudar química. É algo que faz parte da minha vida até hoje e eu só tenho a agradecer ao Sérgio Melo. A OBQ é resultado do esforço dele. Na pandemia, com certeza, ele enfrentou muitos percalços, mas nenhuma prova deixou de ser realizada em 2020", ressaltou.
Ivna representou o Brasil quatro vezes em Olimpíadas Internacionais: na Tailândia, Peru, República Tcheca, onde conquistou a medalha de Ouro, e em El Salvador.
Outro estudante cearense com medalha em olimpíadas, Orisvaldo Salviano Neto, que conquistou bronze, também na República Tcheca, em 2018, está cursando Física no MIT, nos Estados Unidos. Ele disse que se não fosse o professor Sérgio Melo não teria tido uma formação tão robusta. E acrescentou ainda que se não fosse a participação dele na Olimpíada de Química não estaria hoje no MIT. "As universidades internacionais levam em conta vários fatores para admitir um estudante e um desses fatores é a participação em olimpíadas", pontuo.
O diretor do Inesp, João Milton, informou que o Instituto vai publicar um livro em 2021 com personalidades que marcaram as Olimpíadas Cientificas, com nomes como o do professor Sérgio Melo, da estudante Ivna Ferreira Lima, como a única representante feminina no Brasil a conquistar de medalha de ouro em uma olimpíada de Química até hoje, e Orisvaldo Salviano Neto, entre outros medalhistas cearenses.
João Milton destacou a importância do professor Sérgio Melo para a ciência do Ceará e do Brasil e por gerar centenas de oportunidades para a juventude e mostrar o talento e a competência no estudo da química. Ele informou que assim que sair o resultado da 4ª Fase da Olimpíada Brasileira de Química deste ano será feita uma Live para a divulgação dos 15 estudantes selecionados.
WR/CG