As crises convulsivas podem acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar, muitas vezes se tornando uma situação desesperadora para quem presencia.  Em entrevista à FM Assembleia (96.7 MHz), o tenente coronel Emerson Bastos, da 7ª Companhia do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediada na Assembleia Legislativa, orienta sobre o que deve ou não ser feito para socorrer uma pessoa em crise.

Coronel Bastos lembra que, em primeiro lugar, é preciso manter a calma, pois esse tipo de crise costuma durar poucos minutos. “Coloque a pessoa deitada com a cabeça elevada e protegida, removendo da área quaisquer objetos que possam vir a feri-la. Não coloque objetos na boca e nem tente puxar a língua durante a convulsão, isso poderá asfixiá-la e você corre o risco de levar uma mordida. A história que a língua pode enrolar é mito”, esclareceu.

Outra dica importante ressaltada pelo coronel é a de não tentar forçar a pessoa a ficar quieta, nem dar algo para comer ou beber. “Aguarde a respiração normalizar e quando ela quiser levantar-se, ajude-a nesse momento. Habitualmente as crises costumam durar cerca de dois minutos, mas caso persista por mais de cinco minutos e seguida de nova crise sem a completa recuperação da primeira ou a pessoa esteja com respiração difícil, chame o Corpo de Bombeiros”, aconselhou.

É importante destacar que nem sempre as crises convulsivas têm ligação com a epilepsia. Elas também podem ser consequências de febre alta, diminuição do açúcar no sangue, desidratação, pancada forte na cabeça, perda excessiva de sangue, tumores e intoxicação por álcool, medicamentos ou drogas ilícitas.
LA/LF/Com FM Assembleia