Na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, a Comissão de Educação, presidida pelo deputado Queiroz Filho (PDT), mobilizou e pressionou as bancadas federais no sentido de garantir o adiamento das provas. Para Queiroz Filho, mesmo ainda precisando de aprovação da Câmara Federal, a aprovação do adiamento pelo Senado Federal já configura uma vitória para os estudantes.

“É importante que um projeto de lei seja aprovado na Câmara Federal para dar mais segurança aos estudantes quanto a essa questão. É necessário, por exemplo, garantir que esse prazo, de 30 a 60 dias, possa ser expandido conforme o desenrolar dos acontecimentos”, considerou.

Outra questão importante, ainda de acordo com Queiroz, é a ampliação do prazo de inscrições para o exame. Ele lembra que o prazo encerra hoje, e muitos estudantes não têm acesso à internet ou podem sair de casa para se inscrever. “É preciso que esse prazo seja prorrogado, é o justo”, frisou.

O deputado Acrísio Sena (PT), vice-presidente da Comissão de Educação, reforça que a realização das provas nos prazos estabelecidos nos editais seria “perfeitamente injusto”. “As escolas estão fechadas, os alunos estão sem acesso às tecnologias, às bibliotecas, entre outras coisas, o que torna impossível a preparação deles para qualquer exame, principalmente aqueles oriundos da rede pública, que dependem das escolas para isso”, defende.

O deputado Nezinho Farias (PDT), presidente da Frente Parlamentar pela Superação da Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência da AL, que também defendeu o adiamento das provas do Enem, reforça importância das mobilizações em favor dos estudantes. “Todas as ações que deem visibilidade a essa mobilização pelo adiamento do Enem são de grande importância para a educação do nosso País”, disse.

O Inep, até então, havia adiado apenas as provas digitais do exame, que seriam realizadas nos dias 11 e 18 de outubro, e foram remarcadas para os dias 22 e 29 de novembro. A prova impressa estava prevista para os dias 1º e 8 de novembro, mas ainda não tem datas definidas após a decisão pelo adiamento.
Da Redação/Com informações da FM Assembleia