Você está aqui: Início Últimas Notícias Deputados alertam para os perigos das notícias falsas durante pandemia
Diante de muitas informações, atualizações constantes sobre os dados e mudanças na rotina da sociedade como um todo, as fake news, notícias falsas, ganham impulso e espaço, especialmente em aplicativos de troca de mensagens e redes sociais, conturbando ainda mais o cenário de crise.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) é autora de projeto de lei, protocolado na última semana na AL, que estabelece multa para quem divulgar, por meio eletrônico, notícias falsas com informações sobre epidemias, endemias e pandemias no estado do Ceará.
Segundo a parlamentar, é necessário muito cuidado com o que se compartilha em redes sociais, especialmente nos tempos atuais, indicando a importância de checar as informações. Ela ressalta que o projeto apresentado tem como intenção “reduzir os danos causados por esse tipo de ação, como o pânico, a instabilidade emocional ou até situações mais graves”.
O deputado Nezinho Farias (PDT) criticou o uso de fake news, apontando que as notícias falsas, especialmente em um momento crítico como o atual, com a luta contra o coronavírus, são uma falta de responsabilidade com a vida das pessoas.
O parlamentar ressaltou que as informações e notícias falsas atrapalham o trabalho sério e dedicado feito pelo poder público e diversos órgãos em busca da prevenção e da melhor abordagem da situação. “São decisões tomadas com perfil técnico, observando o que vem sendo feito no mundo todo e que serve para orientar a população”, apontou. Para ele, os casos precisam ser devidamente investigados pela polícia, assim com punidos pelos órgãos da justiça.
O deputado Vitor Valim (Pros) comentou a que a população tem importante papel no combate às notícias falsas e deve agir para que tais informações não sejam disseminadas. O parlamentar afirmou que as pessoas, ao verem tais notícias mentirosas sendo disseminadas, devem buscar fazer o contraponto em suas redes sociais e grupos.
Também é essencial, ressaltou o deputado, checar as informações nas fontes oficiais, pois, em muitos casos, as notícias falsas usam os nomes dos órgãos sem que a informação tenha sido publicada em qualquer veículo das instituições.
Além de informações mentirosas sobre o vírus, possíveis curas e formas de prevenção, gestores, órgãos públicos e imprensa se tornaram, nas últimas semanas, vítimas das fake news.
O instituto Datafolha, em pesquisa realizada na última quinzena de março, apontou que os veículos de comunicação da imprensa profissional são as fontes de informação que a população tem maior confiança na divulgação de informações sobre a atual crise do novo coronavírus. Programas jornalísticos da TV (61%), jornais impressos (56%), programas jornalísticos de rádio (50%) e sites de notícias (38%) lideram a confiança do público.
Os conteúdos partilhados pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e por redes sociais como o Facebook, em contrapartida, são os que passam menos confiança para a população.
Em referência a um caso recente de fake news, que envolveu veículo de comunicação local e Governo do Estado, a Associação Cearense de Rádio e Televisão (Acert) ressaltou a importância do jornalismo profissional coeso, ético e baseado em princípios e o compromisso dos veículos cearenses com a verdade, especialmente neste momento de crise.
SA/CG