Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem campanhas e projetos para combater trabalho infantil
A maioria dos leitores (62,9%) acredita que a melhor maneira para evitar o trabalho infantil seria por meio de campanhas de esclarecimento e projetos que garantam a criança na escola, dando suporte aos pais para evitar o uso da mão de obra infantil.
Já 37,1% dos participantes afirmam que a solução mais efetiva para o problema seria endurecer a legislação vigente que pune aqueles que exploram o trabalho infantil com fins comerciais.
Para a presidente da Comissão de Infância e Adolescência da Assembleia Legislativa, deputada Bethrose (PP), campanhas esclarecedoras e projetos voltados para a infância continuam sendo a melhor forma de combate à exploração do trabalho infantil.
“A partir do momento em que se oferecem políticas públicas para o desenvolvimento da criança e de sua família, evitamos o trabalho infantil. Medidas como escola em tempo integral, aumento do número de creches e geração de renda para as famílias colaboram muito para a erradicação. Muitos que são a favor do trabalho infantil não entendem a diferença de uma criança que está aprendendo inglês para outra que está trabalhando. É crueldade”, acredita a parlamentar.
A deputada Augusta Brito (PCdoB), por sua vez, considerou o resultado da enquete positivo, tendo em vista que ações coercitivas relacionadas a esse tema nunca demonstram surtir o efeito desejado. “Não adianta a aplicação de penas mais duras sem refletir sobre as ações que possam auxiliar na resolução do problema, que é muito mais complexo do que só aplicar punições. Dar a estrutura necessária para que essas crianças permaneçam na escola me parece muito mais coerente que simplesmente punir”, opina.
De acordo com a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-CE), Mirela Tomaz, a junção das duas alternativas seria o essencial para um combate mais efetivo.
“Está na Constituição que uma criança não pode trabalhar antes dos 14 anos, salvo na condição de aprendiz. Portanto, defende seu direito à educação, lazer, assistência social, e cabe à família e à sociedade darem essa proteção especial, justamente por se tratar de cidadãos que ainda não possuem discernimento para saber o que é certo ou errado. Acredito que as campanhas são ferramentas importantes, mas a legislação precisa ser mais severa. A junção das duas alternativas seria o essencial”, enfatiza a advogada.
LA/LF