Representantes de Instituições como o Senai, Fiec, Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e Fecomércio apontaram a falta de capacitação profissional como um dos entraves para o pleno desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Aprimorar os cursos, considerando-se a demanda de mercado é outra preocupação apontada. “Experiências de outros portos, onde se criaram favelas nas áreas urbanas, são um alerta para o Ceará sobre a importância de absorver a mão de obra local”, considerou Vitor Ponte, consultor do Pacto pelo Pecém.
Para os empresários, os serviços ofertados nas cidades precisam ser aprimorados, a estrutura e as vias de acesso ao Pecém também devem ser revistas. Os impactos ambientais que podem ser evitados também foram elencados como uma questão a ser discutida. “A melhor destinação dos resíduos sólidos e perigosos é um problema para as empresas. Temos de buscar tecnologia de aproveitamento ou destinação fora do Ceará por não contarmos com empresas locais”, afirmou Camila Félix, da empresa Votorantim Cimentos.
O deputado Lula Morais (PCdoB), presidente Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia, que coordena o Pacto pelo Pecém, lembrou que o objetivo dos encontros é construir uma estratégia para o desenvolvimento sustentável do CIPP, “discutindo os aspectos positivos e negativos sob o ponto de vista econômico, social, ambiental e político”. Conforme o parlamentar, é preciso compreender, analisar, estudar e aprofundar as discussões sobre o complexo, “para apresentar propostas de governança sobre o processo de implantação e desenvolvimento, com o máximo de proveito para o Estado”.
A rodada de reuniões dos núcleos continua até agosto. Amanhã (01/8), as representações do Poder público estadual realizam reunião do núcleo, as entidades de representação profissional no próximo dia 02/8 e a Academia e instituições formadoras no dia 07/8 - todos na Assembleia.
US/CG