Você está aqui: Início Últimas Notícias Discriminação racial e violência contra mulher em pauta no Opinião em Debate
O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi lembrado pelo deputado Dr. Santana (PT) nesta quinta-feira (21/03). Ele apresentou as estatísticas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números exibem dados em relação à morte de jovens negros, que são as principais vítimas da violência no Brasil. Conforme a pesquisa, de 2005 a 2015, foram 318 mil jovens assassinados no País. Quanto às mulheres negras, durante o mesmo período, houve aumento de 22%. “Essa pesquisa mostra que há uma possibilidade 23,5% superior de que jovens negros venham a ser mortos em relação a outros”, disse.
A deputada Dra. Silvana (MDB) corroborou com a fala do parlamentar. De acordo com ela, a cor da pele não deve diferenciar as pessoas. “Vamos ter dias mais justos e mais felizes, todos por igual, sem cor”, endossou.
O deputado Nestor Bezerra (Psol) chamou a atenção para o preconceito racial ainda presente no Brasil. “Em nosso País tem muito racismo. É muito forte”, disse, assinalando que no próprio Parlamento estadual é baixo o percentual de negros e índios. “É uma minoria. O País é racista e temos que combater isso com o máximo de veemência possível", pontuou.
A violência contra a mulher foi outro tema abordado nesta semana. A deputada Fernanda Pessoa (PR) se solidarizou com mulheres que são agredidas. Ela lembrou também da vereadora Marielle Franco (Psol), do Rio de Janeiro, que foi executada na semana passada, em via pública. Para a parlamentar, os dados sobre a violência contra a mulher são alarmantes e refletem a realidade do Brasil. “Temos a quinta maior taxa de feminicídio do mundo. São 4,8 mortes para cada 100 mil habitantes", assinalou. Ela lembrou que, na semana passada, em Fortaleza, ocorreram três mortes de mulheres gravadas em vídeo, que foi distribuído nas redes sociais. “Esses agressores têm de responder na Justiça,” cobrou.
A deputada Dra. Silvana (MDB) lamentou os vídeos, inclusive as citações à Marielle Franco. “Isso é um florescer do ódio. Penso diferente da parlamentar que teve a vida ceifada, mas temos de respeitar. Precisamos ficar mais seletivos com essas comemorações. Fiquei chocada”, disse.
Já a deputada Mirian Sobreira (PDT) ponderou que a sociedade precisa ter conhecimento sobre o que acontece à mulher hoje, como o aumento do número de mulheres sendo assassinadas. “Somos um país sem lei. A madrinha de tanta violência é a impunidade”, afirmou.
O Opinião em Debate é editado e produzido pela jornalista Oona Quirino e apresentado por Luciana Andrade. Vai ao ar aos sábados, a partir das 19h15, na TV Assembleia.
LV/CG