Você está aqui: Início Últimas Notícias Grupos de trabalho vão identificar alternativas para revitalizar litoral cearense
Conforme o parlamentar, a erosão natural e, também, os processos decorrentes da ação humana geram problemas que se arrastam há mais de 30 anos por diversas praias da costa do Estado, afetando a economia, o turismo e o dia a dia das pessoas que moram nessas regiões.
O primeiro grupo formado, chamado SOS Erosão, vai se reunir no dia 18/10, às 15h, na Assembleia. Integrado por representantes da comunidade do Icaraí, Universidade de Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Labomar, da Universidade Federal do Ceará e prefeitura de Caucaia e representante da Semace, trabalhará na intenção de encontrar a autoridade constituída responsável por solucionar problemas decorrentes da erosão, além de identificar pontos de atuação para a requalificação do litoral.
O outro grupo, formado por integrantes da Secretaria do Patrimônio, Associação dos Moradores de Caucaia, Prefeitura de Caucaia e Projeto SOS Icaraí, tem por objetivo discutir propostas de potencialização do Projeto Orla, com foco na revitalização do litoral cearense.
O deputado Carlos Matos (PSDB), ressaltou que o debate é importante para esclarecer as responsabilidades sobre o problema da erosão no litoral cearense. A partir daí, em conjunto com a sociedade civil, encontrar alternativas para resolver essa questão definitivamente. "O Ceará possui 573 quilômetros de costa e o mar é importante para economia do Estado, principalmente para o turismo", afirmou.
Glacianne de Oliveira, professora e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Tecnológica da Universidade de Fortaleza (Unifor) apresentou projeto de engenharia costeira que aponta as praias do litoral cearense com maior processo de erosão. São elas: Fortaleza, Aquiraz, Caucaia, Caponga, Fleixeiras, Mundaú e Icapuí, que registram de 10m a 13m de avanço do mar.
Com o resultado da pesquisa, a Dra Glacianne apresentou proposta de projeto de Recife Narrowneck - "O projeto de um recife artificial multifuncional tem potencial de proteção costeira, de melhoria na qualidade das ondas para surfe, aumento da biodiversidade e biomassa, benefícios econômicos e turísticos", defende Glacianne. A previsão orçamentária preliminar para a construção do recife artificial projeta um custo total de 25-30 milhões de reais.
Para Airton Mota, gestor ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Semace), os levantamentos da Universidade de Fortaleza (Unifor) são estudos acadêmicos importantes, mas a Semace espera aprofundar o debate com cada outros dos estudos já apresentados porque são visões diferentes de um mesmo problema.
"A gente sabe que participam desses estudos profissionais de excelência, porém tem que abrir para um debate com a sociedade, como é feito pelo Projeto Orla, que tem a participação do Governo Federal, Governo do Estado, sociedade civil e municípios", declarou. Segundo ele, esse diálogo vai permitir conhecer diferentes alternativas para estabelecer consensos, tanto técnico-científico como também sócio-econômico e ambiental.
Para Airton Mota, gestor ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Sema), os levantamentos da Universidade de Fortaleza (Unifor) são estudos acadêmicos importantes, mas a Sema espera aprofundar o debate com outros estudos já apresentados, porque são visões diferentes de um mesmo problema.
"A gente sabe que participam desses estudos profissionais de excelência, porém tem que abrir para um debate com a sociedade, como é feito pelo Projeto Orla, que tem a participação do Governo Federal, Governo do Estado, sociedade civil e municípios", declarou. Segundo ele, esse diálogo vai permitir conhecer diferentes alternativas para estabelecer consensos, tanto técnico-científicos como também socioeconômicos e ambientais.
Também participaram do debate Luiz Mauro, representando a Secretaria de Turismo do Ceará (Setur); André Arraes, da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza(Seuma); Walter Tadeu Nogueira, representante da Secretaria do Patrimônio da União; professor Oirton Azevedo de Castro, do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade de Fortaleza (Unifor); professora Lidiana Pinheiro, vice-diretora do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará; Herbert Pessoa Lobo, superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Ceará (Ibama); Carolina Braga, da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace), além de estudiosos e moradores do Icaraí, em Caucaia.
WR/CG