Numa iniciativa pioneira entre as assembleias estaduais, o Legislativo cearense parte na frente para compensar a emissão de carbono feita no ano de 2010 pelo Parlamento. A iniciativa encerra ainda a preocupação da Assembleia Legislativa com o Estado, ao priorizar o território para a realização da ação de replantio.

Segundo o coordenador de Comunicação Social da Casa, Hermann Hesse, chegou-se a cogitar que a ação fosse desenvolvida com o Projeto Mata Atlântica, que atua no Espírito Santo. No entanto, a Mesa Diretora decidiu priorizar a recuperação de uma área degradada do Estado, “desenvolvendo uma ação não apenas de cunho ambiental, mas social, uma vez que mobiliza a mão de obra local”, esclarece Hermann.

O cálculo da emissão de carbono foi feito pelo agrônomo Ávila Capibaribe, da empresa Pureatmospherebrasil, que foi contrata para realizar o estudo. Segundo Capibaribe, o local escolhido para o plantio foi o Horto de Ubajara, que foi muito degradado ao longo dos anos, e está dentro de um parque nacional sujeito à proteção da legislação ambiental federal. Ou seja, além de uma área pública está protegida da ação do homem.

A ação denominada Pegada Carbônica faz parte das atividades da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), que propõe a redução de gastos de energia elétrica, água, papel, plástico e outros insumos que degradam o meio ambiente. A iniciativa também trouxe para a Assembleia uma campanha de conscientização ambiental com parlamentares e servidores da Casa, além da virtualização do processo legislativo, coleta de pilhas e baterias, entre outros.

Para o agrônomo, a atitude da AL “é um exemplo não apenas para outros órgãos públicos como também para empresas que precisam acordar para a preservação da natureza, das nossas matas”, avalia.

As mudas das espécies nativas foram preparadas pelos irmãos Souza, que há mais de dez anos criaram a Casa da Árvore, que hoje atua no reflorestamento de áreas degradadas em todo o Ceará. “Trabalhamos sem o uso de agrotóxicos, seguindo a cartilha para a preparação de produtos orgânicos. Também seguimos o calendário lunar, que possibilita o melhor aproveitamento das mudas", acrescenta Rogério Souza.

O trabalho terá o acompanhamento por servidores da Diretoria Operacional da Assembleia Legislativa. Também esteve presente ao plantio o consultor da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), Júlio Ramon.
Da Redação/JU