O prefeito de Cedro e vice-presidente da Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Nilson Diniz, assinou carta com o compromisso de difundir as recomendações elaboradas pelo Comitê às prefeituras do Estado. Ele lembrou que cada município tem políticas para a área, mas que as recomendações precisam ser levadas ao conhecimento de cada gestão, para repensar as ações.
“Precisamos pensar o que já temos com relação a recursos públicos, se o que estamos fazendo está dando resultado, e refazer as políticas de um modo geral”, defendeu.
Para o prefeito de Caucaia, Naumi Amorim, é fundamental que os gestores públicos entendam a necessidade de investimentos na formação das crianças e dos adolescentes, considerando que esta ainda é a forma mais eficaz de combater a violência.
“Precisamos investir no potencial das nossas crianças e adolescentes, estimulando práticas esportivas e culturais, pois infelizmente investimos muito no sistema carcerário, quando sai muito mais em conta investir na criança”, salientou o prefeito.
O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Cláudio Pinho, concordou que a prevenção da violência, com a adoção de políticas públicas eficientes voltadas para a formação de crianças e adolescentes - como a educação em tempo integral -, é a melhor saída para reduzir em longo prazo os índices de violência no Ceará.
“Esse estudo chega para facilitar o nosso trabalho na Prefeitura, já que nos permite debruçar sobre ele e a partir daí desenvolver ações no combate à violência, mas principalmente na prevenção, com o fortalecimento das políticas educacionais”, pontuou Cláudio Pinho.
Já o prefeito de Quixadá, Ilário Marques, parabenizou o trabalho desenvolvido pelo Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência da Assembleia Legislativa e manifestou preocupação com o crescimento da violência nas cidades de médio e pequeno porte do País.
“Recebemos com muito alarme e preocupação todos esses dados de violência envolvendo a nossa juventude e entendemos que o quadro se torna quase desesperador quando vemos que esse fenômeno não é mais exclusivo das regiões metropolitanas, mas está se interiorizando”, comentou Ilário Marques.
De acordo com o prefeito, a gestão municipal já está mobilizada para debater a fundo os pontos do relatório e, a partir deles, criar instrumentos no âmbito e na competência municipal para tratar devidamente o tema, com a adoção de políticas públicas que contemplem o assunto.
A adolescente Amanda Clécia Nascimento, do Movimento de Engajamento Político, pediu ação efetiva dos representantes do poder público, ressaltando que não suporta mais vivenciar a perda de colegas e familiares por conta da violência. "Para mim, já se tornou normal cruzar com o assassino de um colega. Já perdi amigos, primos. Não podemos colocar mais esse relatório na gaveta, cada prefeito precisa fazer a mudança", reivindicou a jovem, em tom emocionado.
RG/GS