Você está aqui: Início Últimas Notícias Campanha da Fraternidade propõe preservação dos biomas brasileiros
Lançada em março, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a campanha é promovida há mais de 50 anos pela Igreja Católica e, este ano, traz o lema “Cultivar e guardar a criação”.
De acordo com a deputada, a discussão vem em defesa da biodiversidade, do bioma da caatinga e em busca da convivência sustentável no semiárido. “Nós defendemos o desmatamento zero para todos os biomas e um reflorestamento da caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, que ocupa 11% do País e todo o estado do Ceará”, ressaltou.
O secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno, lembrou que o Brasil possui seis biomas - Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e Cerrado -, e que todos estão degradados. “Só temos 40% do que era a Caatinga, 28% de Mata Atlântica e 20% de Cerrado”, apontou. Conforme o secretário, é preciso mudar o paradigma de que para desenvolver tem que desmatar.
Sobre ações ambientais do Estado, Artur Bruno destacou alguns projetos, como o plantio de 71 mil árvores até os próximos três anos; planos de manejo para as 24 unidades de conservação já existentes no Ceará; Parque Escola, com a finalidade de aproveitar as áreas verdes, e o Selo Escola Sustentável, para promover educação ambiental e práticas sustentáveis.
A articuladora da Campanha da Fraternidade, Mônica Pimentel, afirmou que a ação tem por objetivo aprofundar o conhecimento sobre cada bioma e compreender os impactos provocados pelas populações.
Para o coordenador de Educação Ambiental da Associação Caatinga, Sandino Moreira, a campanha faz um serviço de educação ambiental ao trazer esse tema. Sobre a caatinga, o coordenador destacou que o bioma enfrenta sérios problemas com as mudanças climáticas, que podem ser colocados à luz através da campanha.
“Tem muitos anos que as florestas brasileiras vêm sofrendo desmatamento, e as espécies de fauna vêm sofrendo perda de habitat por causa disso. Abordar uma temática tão atual numa grande instituição, como a CNBB, e imaginar que em cada igreja está se tratando o tema do meio ambiente é um grande serviço público de educação ambiental que se presta”, destacou.
Sandino Moreira apresentou medidas alternativas de preservação e para melhorar a convivência com o meio ambiente na Capital e no Ceará, como proteger os mananciais, ampliar a rede de captação de chuvas e trabalhar com reaproveitamento dos recursos naturais. De acordo com ele, pesquisas recentes mostram que em Fortaleza ocorre perda na distribuição de água de até 45%. No Ceará, o percentual chega a 41%.
Também participou da audiência pública a assessora da Cáritas Regional Ceará, Maria Glória Carvalho.
CF/CG