Levantamento realizado pela Pastoral da Terra aponta que, entre 2003 e 2016, 46.177 trabalhadores foram libertados no País. Desse total, mais de

70% atuavam em atividades agropecuárias. O Brasil é a primeira nação no mundo condenada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por omissão

em casos de trabalho escravo moderno e tráfico de pessoas. A sentença é o resultado de um processo que durou cerca de três anos, com base no caso de dezenas de trabalhadores resgatados de uma fazenda no sul do Pará.

Na última segunda-feira (30/01), a Superintendência do Trabalho no Ceará, o Ministério Público do Trabalho e a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo divulgaram o balanço das ações de combate ao trabalho escravo no Ceará nos últimos 10 anos.

Em 2016, apenas três trabalhadores em situação análoga à escravidão foram libertados. No ano anterior, foram 70. A redução de casos de libertação de trabalhadores pode estar relacionada à ausência de fiscalização por conta da greve dos auditores ficais do trabalho no ano passado.

Os três casos de 2016 foram flagrados em Fortaleza, em obras da construção civil na Praia de Iracema e no Centro.

Produzido por Helenir Medeiros com apresentação do jornalista Renato Abreu, o Questão de Ordem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 19h30. A reprise acontece às 7h do dia seguinte.

WR/CG