Os Conterrâneos apresenta também depoimentos de artistas, amigos e familiares, os quais revelam detalhes da convivência pessoal e profissional com Belchior, Ednardo e Fagner.

Na década de 1960, começava no Brasil um período de autoritarismo e repressão. Em plena ditadura militar, os três artistas voltaram-se para a delicadeza da música. Encararam também o desafio de se afastar do Nordeste, para a busca do desconhecido, e projetar o trabalho musical no Sudeste do País.

Naquele período, eram realizadas diferentes edições do Festival de Música Popular Cearense e do Festival Nordestino. Belchior, Ednardo e Fagner fazem parte dessa geração de artistas revelada nos festivais.

Belchior é um dos primeiros compositores e cantores cearenses a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970. Até os dias de hoje, a música Como os nossos pais, composta por Belchior, é a gravação de Elis Regina mais tocada em rádios e festas.

Ednardo iniciou a carreira musical em Fortaleza, no começo da década de 1970, juntamente com artistas conterrâneos, como Amelinha e Rodger Rogério. Em 1979, foi protagonista do movimento Massafeira, que reuniu artistas cearenses, inclusive o poeta sertanejo Patativa do Assaré, no Theatro José de Alencar. Com o desenvolvimento da carreira, Ednardo atingiu projeção internacional.

Fagner é destaque na MPB, com composições que são sucesso internacional. Em 40 anos de carreira, articulou parcerias com Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Chico César, Paulinho Moska, entre outros nomes da música nacional. As canções do cearense marcam diferentes gerações.

O especial Os Conterrâneos é uma realização do coordenador de programação e áudio da rádio FM Assembleia, Ronaldo César; direção de Fátima Abreu; produção de Tarciana Campos; edição de Jorge Luiz e Nabucodonosor Queiroz; narração de Haroldo Holanda; Jânio Alves e Renato Abreu.

A produção, que foi ao ar no Natal, será reprisada neste sábado (31/12), às 22h; e no domingo (01/01), às 15h.

Da Redação/com Assessoria