A partir do resultado desses encontros é que se deve definir o local mais adequado para a reconstrução das barracas de praia. Os acordos foram discutidos em audiência pública na tarde desta segunda-feira (07/11), na Comissão de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço, naAssembleia Legislativa. O debate atendeu a requerimento do deputado Sérgio Aguiar (PDT).

Em outubro, o avanço da maré provocou estragos no litoral do Ceará, especialmente em Beberibe. Nove das 23 barracas da região foram destruídas. Segundo o deputado Sérgio Aguiar, “Beberibe é uma das praias que tem maior impacto na geração de riquezas no Estado. A situação tornou-se um problema social porque a sobrevivência das famílias está sendo dificultada”.

A ressaca do mar que destruiu as barracas atingiu picos de até 3,2 metros, segundo matéria publicada no jornal O Povo em 17 de outubro. A Defesa Civil de Beberibe afirmou que os estabelecimentos foram construídos em área indevida, ainda conforme o jornal.

De acordo com Sandro Régis, presidente da Associação de Barraqueiros, Bares e Similares de Morro Branco, o problema vem se arrastando desde maio de 2015, quando a Semace embargou 18 barracas de praia no local. Após o ocorrido, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para possibilitar o funcionamento do comércio, com o compromisso de as barracas serem realocadas em região adequada.

Ainda conforme Sandro, o comércio das barracas de praia gera 320 empregos diretos. “É um número significativo, que mostra a importância das barracas para o desenvolvimento social de Beberibe”, ressaltou.

O deputado Bruno Gonçalves (PEN) presidiu a mesa da audiência, que contou também com a presença do deputado Sérgio Aguiar (PDT); do prefeito eleito de Beberibe, Padre Pedro; do vereador de Beberibe Anderson Peroba e do vereador e presidente da Associação de Barraqueiros de Morro Branco, Sandro Régis; do superintendente Cláudio Diogo, da Superintendência do Patrimônio da União (SPU); do chefe de licenciamento da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Lincoln Davi Mendes; da defensora pública Bethânia Alves; da representante do Ministério Público do Estado do Ceará, Ana Cláudia Torres, e de Luiz José de Almeida, da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema).

CF/AP