Você está aqui: Início Últimas Notícias Audiência pública debate situação de universidades na Região Metropolitana
“Maranguape é a oitava maior cidade do Estado. Não há universidade pública para possibilitar aos jovens fazer nível superior na cidade, que tem uma indústria forte, potencial turístico e mais de 120 mil habitantes. O jovem é obrigado a se deslocar para outra cidade para cursar nível superior”, ressaltou George Valentim.
O parlamentar lembrou que em 2011, quando o deputado foi prefeito de Maranguape, foi assinado Termo de Adesão com o Ministério da Educação estabelecendo a construção de um campus do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Ceará (IFCE) no município.
O pró-reitor de Ensino do IFCE, Reuber Saraiva, destacou que o instituto já oferece 84 cursos superiores em 27 municípios cearenses. A abrangência está em expansão para os municípios de Horizonte, Pecém, Paracuru e Maranguape. Segundo ele, houve atrasos nas obras em Maranguape, mas a previsão é que as atividades no IFCE da cidade se iniciem em 2017.
“Realizamos audiências públicas no município, para escolher eixos tecnológicos em que serão ofertados os cursos técnicos, como petroquímica, eletrotécnica, edificações, alimentos, agroindústria, desenho de construção civil e jogos digitais. Os eixos foram escolhidos pela comunidade em audiência pública na Câmara Municipal. Além desses cursos, foi sugerida a criação de curso de licenciatura em Matemática”, disse Reuber.
A audiência também debateu a situação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) de Maranguape, que oferece cursos superiores por meio de educação à distância. Juliana Campos Lage, coordenadora da UAB, acredita que a universidade trouxe desenvolvimento econômico para o município, além da formação de professores. Porém, há três anos a UAB está sem ofertas de cursos em Maranguape.
“Temos uma demanda enorme, mas sem perspectiva. O Ministério da Educação anunciou abertura de vagas por meio da Plataforma Freire, mas só para professores efetivos. Há grande quantidade de professores que queriam fazer licenciatura, mas não puderam”, ressaltou.
Presente à audiência pública, o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) se comprometeu a solicitar audiência no Ministério da Educação para debater a situação da UAB de Maranguape.
A secretária executiva da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece), Nagyla Drummond, anunciou que há R$ 842 mil previstos pelo Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP), do Governo do Estado, que serão empregados em reforma dos pólos que abrigam UABs no Ceará. Ainda segundo ela, a Secitece vai promover um seminário de integração junto às UABs em setembro deste ano. “A Secitece entende que nem tudo poderá ser transformado em educação à distância, mas é uma estratégia importante de democratização do ensino”, afirmou Nágyla.
Participaram ainda da audiência pública Samuel Brasileiro, do Conselho Estadual de Educação do Ceará; Francisco Lopes Viana, diretor presidente do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec); e o professor André Jalles Monteiro, representando o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henry Campos.
LF/AP