Você está aqui: Início Últimas Notícias Seminário sobre políticas de combate à homofobia reúne militantes na AL
Ele ressaltou a importância do debate entre as entidades civis e órgãos públicos que atuam no combate à homofobia. “É preciso superar a intolerância na nossa sociedade. O combate ao preconceito deve começar na escola, conscientizando a população de que é preciso respeitar as pessoas, independente de suas diferenças e orientações sexuais”, afirmou Antonio Carlos.
A coordenadora do Centro de Referência LGBT Janaina Dutra, da Prefeitura de Fortaleza, Luanna Marley, disse que o serviço já recebeu 536 denúncias de discriminação. Segundo ela, o Nordeste concentra 46% dos casos de violência contra homossexuais no Brasil. “Em 2011 foram registrados nove homicídios ligados à homofobia em Fortaleza”, ressaltou Luanna.
O guarda municipal André Luiz, coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança Pública para a população LGBTT, falou sobre o trabalho de capacitação de profissionais de segurança. Segundo ele, o grupo conta com a participação das polícias Civil e Militar e da Guarda Municipal de Fortaleza, e tem atuado na capacitação para abordagem policial de homossexuais.
O delegado Wilder Brito, afirmou que a Polícia Civil “já atua com uma visão diferenciada, com respeito ao cidadão e combate à discriminação”. Ele informou ainda que foi enviado à Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado (Seplag) uma proposta de criação de uma Delegacia de Diversidades, “que vai facilitar o combate a crimes dessa natureza”, disse Brito.
A diretora do Grupo de Resistência Asa Branca, Didiane Souza, lembrou que 17 de maio, quando é comemorado o Dia Mundial de Combate à Homofobia, é um dia histórico na luta pelos direitos dos homossexuais. Nesta data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde retirou o homossexualismo da Classificação Estatística Internacional de Doenças.
O coordenador de diversidade sexual da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza, Orlaneudo Lima, falou de ações da coordenadoria, como palestras e capacitação de profissionais de educação da rede municipal e defendeu “a ampliação de políticas públicas de conscientização contra a homofobia”.
Também participaram do debate a promotora Iracema Aragão e representantes das secretarias da Justiça e Cidadania e de Segurança Pública e Defesa Social do Estado e de várias entidades que atuam na defesa dos direitos de homossexuais.
CV/LF