Você está aqui: Início Últimas Notícias Terapeutas ocupacionais pedem abertura de curso de graduação na Uece
O reitor da Uece, professor Jackson Sampaio, está otimista quanto à abertura do curso. Segundo ele, há 10 anos a Universidade planeja inserir Terapia Ocupacional entre as graduações. “A nossa ideia fundamental é concluir a formação de toda a equipe de saúde coletiva, já que temos Medicina, Enfermagem, Nutrição, Serviço Social e Psicologia. Falta TO, que é fundamental para a atenção psicossocial, saúde do trabalhador e do idoso”, afirmou.
Entre os fatores que ainda dificultam a instalação do curso, Jackson cita a necessidade de concurso público para repor professores dos cursos em atuação. “Sempre nos colocamos à disposição e já temos projeto pedagógico aprovado no âmbito do Centro de Ciências da Saúde”, informou o reitor, que ressaltou ainda a necessidade de recursos para investir na construção de laboratórios específicos para o curso de Terapia Ocupacional
Para o deputado Carlos Felipe (PCdoB), presidente da CTES e autor do requerimento que motivou o debate, o curso de Terapia Ocupacional é fundamental para ações desenvolvidas em centros de atenção psicossocial (CAPs), núcleos de apoio à saúde da família (NASFs) e outras instituições de saúde pública. “Temos que encontrar saída para que o Ceará continue tendo essa formação”, defendeu o parlamentar.
A presidente da Associação Cearense de Terapeutas Ocupacionais (ACTO), Kamylle Tavares, lembrou que a luta pela abertura do curso na Uece vem desde 2005. “Existe a necessidade de novos terapeutas ocupacionais no Estado. Com a abertura de um novo curso, há reorganização do mercado de trabalho e possibilidade de novos concursos públicos estaduais e federais”, afirmou.
Segundo a coordenadora do curso de Terapia Ocupacional da Unifor, professora Maria Hercília Paz, desde o início deste ano não há processo seletivo para o curso na instituição. Ela ressaltou que a graduação não está sendo extinta por má qualidade do ensino, mas “por falta de demanda”. “A universidade vende um produto que precisa ter cliente para comprar”, comentou.
Ana Rita Costa, representando o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), informou que, no Brasil, há 23,9 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, que serão prejudicadas pela defasagem de terapeutas ocupacionais. Já a vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito6), Luzianne Feijó, diz que, no Ceará, há apenas 807 terapeutas ocupacionais em atuação para atender a uma grande demanda.
Também participaram da audiência pública o secretário executivo do Esporte de Fortaleza, Antônio Campelo, representando o prefeito Roberto Cláudio; a vereadora de Fortaleza Ruthmar Xavier (PR); a ex-vereadora Christina Brasil; a presidente do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional da Unifor, Tainá Fenili, e o coordenador técnico de Ensino Superior da Secretaria da Ciência e Tecnologia do Ceará (Secitece), Cândido B. C. Neto.
LF