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Quinta, 17 Setembro 2015 04:14

Em filiação ao PDT, Ciro Gomes se lança candidato a presidente

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O ex-ministro Ciro Gomes foi prestigiado, em sua cerimônia de adesão ao PDT, por várias autoridades. O governador Camilo Santana foi um dos que marcaram presença, além do prefeito Roberto Cláudio e do irmão Cid Gomes O ex-ministro Ciro Gomes foi prestigiado, em sua cerimônia de adesão ao PDT, por várias autoridades. O governador Camilo Santana foi um dos que marcaram presença, além do prefeito Roberto Cláudio e do irmão Cid Gomes ( FOTO: Hermínio Oliveira )
  O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes filiou-se, na tarde de ontem, ao PDT. O ato de adesão ao partido, que ocorreu em Brasília, contou com dezenas de autoridades, incluindo o governador do Ceará, Camilo Santana, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o ex-governador Cid Gomes. No evento, Ciro anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República em 2018. Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi endossou a ambição de Ciro Gomes. "Temos uma referência nacional e em 2018 vamos ganhar as ruas e as praças para fazer Ciro Gomes presidente do Brasil", reforçou. Cid Gomes também vai ingressar nas fileiras do PDT, levando deputados estaduais e federais hoje filiados ao PROS, além de vereadores e prefeitos do Ceará. Dizendo-se emocionado, Ciro Gomes reafirmou sua amizade com o líder pedetista na Câmara Federal, o deputado cearense André Figueiredo. "Fui padrinho de seu casamento e hoje ele é amigo da ex-esposa", disse Ciro em tom de descontração, acrescentando que viu "nascer e crescer" o talento de Figueiredo. Em seu discurso, Ciro também teceu críticas à condução da economia no País. Segundo ele, é muito difícil empreender no Brasil "devido às taxas de juros abusivas". Ele criticou os modelos econômicos em países da Europa, como Espanha, Grécia e Portugal, e o modelo chinês. Já entre os países da América Latina, o ex-ministro citou o Chile como modelo "por não ter aderido à sandice neoliberal" e atacou a Argentina, que, segundo ele, destruiu seu parque industrial. Ciro afirmou que é uma questão de dignidade fazer com que o Brasil faça uma melhor distribuição de renda e declarou que "e quem resolve isto, para o bem ou para o mal, é a política". Compromisso com o interior Enquanto Ciro antecipou, ontem, sua pré-candidatura à Presidência da República, o ex-ministro da Educação Cid Gomes afirmou que não projeta um futuro político a curto prazo. "Honestamente, não tenho um horizonte de curto prazo, de médio prazo, a intenção de ser candidato. Eu tenho ajudado em várias reuniões neste processo de filiação ao PDT e me sinto devedor com muitas lideranças do Interior. E nós temos uma eleição no ano que vem (...) Enfim, não me vejo candidato num horizonte de médio prazo", garantiu. A assinatura de filiação do ex-deputado federal Ciro Gomes ao PDT, em Brasília, motivou o esvaziamento da sessão ordinária de ontem na Assembleia Legislativa cearense, em que a oposição dominou quase todos os pronunciamentos propostos. Coube ao deputado estadual Zé Ailton Brasil (PP) o papel de defensor da gestão do governador Camilo Santana, uma vez que nenhum dos três líderes da base aliada compareceu às atividades legislativas. A plenária se encerrou ao meio dia. O evento em Brasília teve ausência do deputado estadual Ivo Gomes, irmão mais novo de Ciro, que decidiu não acompanhar os irmãos Lia Ferreira Gomes, pretensa candidata à Prefeitura Municipal de Caucaia no próximo ano, e o ex-governador Cid Gomes para prestigiar a cerimônia de filiação de Ciro. Ivo Gomes fez questão de marcar presença na sessão da Assembleia Legislativa de ontem, assim como o deputado aliado Manoel Duca, que é aliado do grupo de Cid Gomes no Estado. Reunião Muitos deputados que ainda estão no PROS e devem seguir o mesmo caminho que Ciro Gomes foram até Brasília e não compareceram à sessão de ontem. A reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, que estava marcada para acontecer à tarde, também foi adiada por falta de representantes. Segundo informações da Assembleia Legislativa, ela pode acontecer na manhã de hoje ou ficará somente para a próxima semana. Dois cinco oradores inscritos para uso da palavra ontem, três eram da oposição e dois da base governista de Camilo Santana. Enquanto Agenor Neto (PMDB) e Wagner Sousa (PR) criticaram a gestão estadual, Rachel Marques (PT) destacou prêmio nacional recebido por escola estadual e Carlos Felipe (PCdoB) rebateu críticas feitas por Walter Cavalcante (PMDB), na terça-feira passada, contra a gestão do Município de Crateús, de onde Felipe já foi prefeito. Fernanda Pessoa (PR), por sua vez, defendeu maior participação da mulher nas decisões políticas.
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