A audiência atendeu a requerimento da presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, deputada Dra. Silvana (PMDB). A parlamentar ressaltou a importância do órgão e afirmou que é preciso que o Dnocs continue resistindo às dificuldades, e que os estados devem cobrar do Governo Federal mais apoio para a atuação do departamento, especialmente por causa dos prolongados períodos de seca.
O diretor geral do Dnocs, Walter Gomes, explicou que o órgão tem um quadro de funcionários muito antigo e que muitos deles estão se aposentando, sem que haja concursos para substituir. Ele falou que, dos cerca de 1.500 funcionários, 1.200 estarão aptos para se aposentar já em 2016, e não foi anunciado nenhum concurso para colocar novos profissionais nessas vagas. O diretor geral enfatizou que o Dnocs foi responsável pela construção de mais de 300 açudes no País e, hoje, o escritório do Ceará não tem recursos sequer para comprar óleo para as comportas do açude Castanhão.
O diretor de administração, Clésio Saraiva, apresentou um histórico sobre a atuação do órgão e mostrou que a estrutura do Dnocs foi diminuindo ao longo dos anos. Para ele, não é o momento de diminuir, e sim de aumentar a atuação do Dnocs, já que a seca está castigando até estados fora do Nordeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. O diretor de administração enfatizou que é urgente a necessidade de realizar um concurso público e colocar em prática a reestruturação do órgão.
O servidor aposentado do Dnocs Evandro Bezerra disse que o Brasil teria um enorme deserto em seu território se não fosse a atuação do órgão. Segundo ele, o Dnocs contribuiu bastante para o desenvolvimento do Nordeste, ao ajudar os nordestinos a enfrentar as seguidas estiagens nesse mais de um século de atuação. Ele cobrou ações imediatas do Governo Federal para repor os quadros de funcionários, já que há previsão de a estiagem continuar por um ano ou dois.
Também estiveram presentes à audiência o representante da Secretaria de Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues; o presidente da Associação dos Servidores do Dnocs, Roberto Morse, e o servidor aposentado Cássio Borges.
JM/CG