O deputado Odilon Aguiar (Pros), que propôs a discussão, destacou a importância do debate e afirmou que é preciso garantir a vinda do milho para os agricultores e uma melhor distribuição por meio dos polos avançados. “Estamos nessa luta para reativar esses balcões que estão desativados e queremos que eles possam atender a todos esses criadores que estão sendo prejudicados pela não chegada do milho”, ressaltou.
 
Segundo Odilon Aguiar, após a audiência, será encaminhado um documento à presidente Dilma Rousseff solicitando a solução do problema. “Queremos que saia um documento dessa audiência, juntamente com o presidente da Casa e o governador Camilo Santana, para levarmos à presidente Dilma, para que assim possamos reativar esse programa tão importante para o Estado”, ressaltou. 

Para o presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Flávio Saboya, essa problemática do milho acontece desde o ano de 2012. Ele recordou as diversas reuniões que pôde presenciar com a presidente Dilma sobre o assunto e disse que não houve resposta para o problema. “O objetivo desses polos é aproximar mais os produtores dos produtos. Perguntei ao governador sobre um ofício que encaminhamos à presidente e ele respondeu que não teve nenhuma resposta. Esse assunto só será resolvido com uma audiência com a Presidência e o Ministério”, afirmou. 

Já o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Ceará, Jorge Fonteles, ressaltou que, de todos os estados do Nordeste, o Ceará foi o que mais recebeu milho. Porém, segundo o superintendente, para resolver o problema de abastecimento do milho no Estado, seria preciso 65 toneladas por mês, mas apenas 20 toneladas têm chegado.

O superintendente ressaltou ainda que “os polos avançados surgiram no Ceará em um momento de crise. Percebemos um aumento de 10 para 50 mil beneficiários, daí a criação desses polos”. Ainda segundo Fonteles, caso os polos não voltem a funcionar, o milho chegará mais caro ao agricultor.

“Nós entendemos o posicionamento desta Casa no sentido de que precisamos unir e salvar essas unidades, caso contrário o frete irá aumentar, e isso reflete no bolso do agricultor”, pontuou.  Ele disse defendeu ainda a construção de um grande armazém em Quixadá para ajudar nessa distribuição.

O deputado Audic Mota (PMDB); o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedido Nascimento; o chefe de gabinete de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), José Bartolomeu; o secretário de políticas agrícolas da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura no Estado do Ceará (Fetraece), Jorge Fontele; o prefeito de Jaguaribe, José Abner; vereadores e representantes de sindicatos estiveram presentes à audiência.
DF/CG