Na chefia do Departamento Administrativo, Lise Novais diz que sempre foi bem aceita no cargo que ocupa. “Considero-me desenrolada e decidida”, afirmou. Para Lise, embora ainda persista uma certa diferença salarial entre homens e mulheres, o sexo feminino é “mais competente, responsável e criativo”.

A diretora da FM Assembleia, Fátima Abreu, também nunca percebeu nenhum tipo de preconceito pelo fato de ser gestora e mulher e diz sentir-se muito reconhecida pelo trabalho que faz. “No começo da minha carreira, em 1978, sentia certo ciúme vindo por parte de alguns homens, mas tive excelentes colaboradores. Isso me fez crescer profissionalmente”, reconhece Fátima, que há 10 anos comanda a emissora.

Lindomar Soares, diretora de Gestão e Ensino da Universidade do Parlamento Cearense (Unipace), assinala que a área de educação aceita bem o lado feminino. Ela destaca os avanços da mulher no mercado de trabalho, incluindo espaços prioritariamente masculinos, como a política. Lindomar lamenta, no entanto, o fato de as mulheres ainda receberem salários inferiores aos concedidos ao sexo masculino e os elevados índices de violência contra a mulher, muitas vezes por conta da sua submissão, atribui ela.

Para a chefe da redação da TV Assembleia, Suely Frota, a mulher cada vez mais procura por espaços e investe na capacitação, o que resulta numa maior qualificação profissional e ascensão profissional.

À frente da Divisão de Engenharia da Assembleia, a arquiteta Simara Diógenes Pinheiro afirma nunca ter sofrido qualquer preconceito no mercado por ser mulher. Para ela, que trabalha na Casa há 25 anos, as mulheres estão cada vez mais presentes e tendo mais reconhecimento por seu trabalho. "A mulher está dominando tudo. Com jeitinho, a gente consegue o que quiser". Para ter sucesso profissional, a arquiteta recomenda: "é preciso abraçar a carreira. A gente só é feliz no que faz quando realmente gosta, e não é só pelo dinheiro, é muito pela realização pessoal", ressalta.
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