Você está aqui: Início Últimas Notícias Entidades dizem que abertura de capital pode comprometer papel social da Caixa
A audiência pública, proposta pelo deputado Elmano de Freitas (PT), foi promovida conjuntamente pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público e de Orçamento, Finanças e Tributação.
O deputado Elmano de Freitas abriu a audiência afirmando ser contrário a uma abertura de capital da Caixa Econômica Federal. Ele justificou sua posição explicando que os acionistas irão se preocupar mais com os lucros do que com o papel social que hoje o banco desempenha no Brasil.
Para o presidente da Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal no Ceará, Mairton Antonio Garcia Neves, a forma como o banco atua hoje tem sido a mais benéfica para o País. Ele ressaltou os números da instituição, que contratou 3.500 pessoas em 2014, somando hoje 101.500 funcionários, o que a coloca como terceiro maior empregador do Brasil. Apesar de ser uma instituição pública, segundo Mairton Antonio Garcia Neves, o banco apresentou lucro de mais de R$ 7 bilhões no ano passado.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, a abertura de capital da Caixa Econômica Federal não é uma questão de interesse apenas corporativista. É, segundo ele, um tema de interesse de todos os cidadãos, pois a Caixa “é o banco social do Brasil”, ressaltou.
Em sua opinião, a abertura de capital pode atingir os programas sociais, que seriam vistos como desnecessários para o mercado. O sindicalista acrescentou que o a Caixa Econômica foi responsável pelo fato de a economia brasileira ter se mantido forte durante a crise internacional de 2008.
O diretor da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Ceará, Rochael Almeida, também se posicionou contra uma abertura de capital e ressaltou a importância do banco no desenvolvimento e inclusão social do Brasil.
Também participaram da audiência o presidente da Associação Cearense dos Economiários Aposentados e Pensionistas, Antônio Carlos de Lima Araújo; a presidente da Central Única dos Trabalhadores, Joana D’Arc Barbosa Almeida; o diretor da Central dos Trabalhadores do Brasil, Gabriel Mota, e o representante da Ordem dos Advogados do Brasil, Bruno Queiroz.
JM/CG