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Quarta, 22 Outubro 2014 07:41

Eleição presidencial fomenta discussão no plenário da Assembleia Legislativa

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  O segundo turno da eleição para a Presidência da República, polarizada entre Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição e o tucano Aécio Neves, foi motivo de discussão, ontem, no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). O deputado Nelson Martins (PT) levou o assunto para a tribuna da Casa e, ao criticar o candidato Aécio Neves, lembrou o arrocho salarial e demissões de servidores públicos e bancários promovidas pelo governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. O petista reverberou ainda que, durante os oito anos em que o PSDB governou o Brasil, no período de 1996 até 2002, o reajuste salarial concedido pela Caixa Econômica Federal foi de 8%; e o do Banco do Brasil, de 11%. “Desses oito anos de FHC, durante quatro os servidores não tiveram reajuste salarial. Já nos governos Lula e Dilma, os servidores do Banco do Brasil tiveram 91,25 % de reajuste; e os da Caixa, 91,25%. Isso dá uma noção clara do tratamento que o PSDB dava aos trabalhadores dos bancos públicos”, avaliou. O parlamentar apontou ainda a redução do salário e a baixa remuneração dos servidores como uma maneira de enfraquecer uma instituição, o que, segundo ele, aconteceu durante o governo tucano. “O sistema financeiro brasileiro de 1995 a 2002 realizou mais de 150 mil demissões, além do arrocho salarial com reajustes abaixo da inflação. A visão neoliberal defendida pelo PSDB de Estado mínimo trouxe grandes prejuízos e só contribuiu para o aumento da desigualdade social no País”, afirmou Nelson. Contestando ainda a gestão tucana, Nelson mencionou que o candidato Aécio Neves afirmou que, caso eleito, nomeará o ex-presidente do Banco Central no governo FHC, Armínio Fraga, para ser seu ministro da Fazenda. “O Armínio Fraga, que foi presidente do Banco Central, representante de um megainvestidor, que ganha com a especulação na Bolsa de Valores, que ganha com a especulação de Títulos Públicos, é essa pessoa que vai ser indicada para ser ministro da Fazenda, para administrar as finanças do Brasil”, criticou. TERRORISMO BARATO Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) considerou o pronunciamento de Nelson como “terrorismo barato”. “É isso que o PT vem fazendo ao longo de sua campanha. É terrorismo barato. Lula vem jogando categorias contra categorias. Os banqueiros cobram taxas exorbitantes e, em 12 anos, vocês poderiam ter mudado isso, mas agora ficam jogando o povo contra os banqueiros. Vocês falam que o Banco do Brasil estava quebrado e que melhorou no Governo do PT, e por que agora não falam que a Petrobras está quebrada e na época do FHC ia bem?”, questionou. O deputado João Jaime (DEM) também acusou Nelson de fazer “terrorismo” e afirmou que o BNDES financia empresas com dinheiro público, uma delas, a Friboi, que tem entre os sócios um dos filhos de Lula. O pedetista Ferreira Aragão afirmou que o povo brasileiro deu “graças a Deus” quando se livrou do governo tucano, pois eles “iriam vender tudo que restava”.
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