Segundo o Sindicato, de janeiro a maio deste ano, 2.523 contratos de trabalho foram rescindidos em supermercados e mercadinhos de Fortaleza e Região Metropolitana. A média é de 504 desligamentos por mês. Se esse número for mantido, o setor deverá fechar o ano com mais de 6.000 desligamentos, um crescimento de 22% em relação a 2013, quando foram homologadas pelo Sindicato 4.957 rescisões.
Relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de 2012 aponta que o varejo de alimentos no País tem alta taxa de rotatividade: 50,7% em hipermercados e supermercados e 51,1% em minimercados e mercearias.
Esse dado significa que, no período de um ano, o quadro de funcionários é renovado, em média, em mais da metade. Com isso, segundo o Sindicato, o funcionário sente-se desprotegido e sem garantias de emprego, mesmo atuando num setor como o supermercadista cearense.
O faturamento total das mais de 160 redes varejistas do Estado em 2013 foi de R$ 5,3 bilhões, segundo levantamento da revista Supermercado Moderno, em parceria com a Associação Cearense de Supermercados (Acesu).
Foram convidados para o debate a procuradora do Trabalho da 7ª Região, Juliana Sombra Peixoto Garcia; o superintendente Regional do Trabalho e Emprego do Ceará, Francisco José Pontes Ibiapina; o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores no Ceará, Luiz Onofre Chaves de Brito; o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Severino Ramalho Neto, e o técnico do Dieese, Ediran Teixeira, responsável pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Fortaleza.
WR/JU