Neste domingo (01/06), o programa Brasilidade da FM Assembleia (96,7 MHz) rende homenagens ao cantor e compositor carioca José Flores de Jesus, conhecido como Zé Keti, que cantou o samba, as favelas, a malandragem e seus amores. Nasceu no bairro de Inhaúma, em 16 de setembro de 1921, embora tenha sido registrado, em seis de outubro.
Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, com a presença de nomes famosos da música popular brasileira, como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Em 1937, começou a frequentar a Portela ao lado do compositor Armando Santos, que era diretor da escola de samba.
No Café Nice, ponto de reunião da vida artística carioca, conheceu Lúcio Batista, Geraldo Pereira e Francisco Alves. Em 1940, ingressou na Polícia Militar, onde serviu por três anos. Entrou para o grupo de compositores da Portela - que ainda não era estruturado como "ala" - escola que mais tarde assumiu como sua de coração.
Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca “Se o feio doesse”. Em 1946, teve sua primeira composição gravada “Tio Sam no samba”, pelo grupo Vocalistas Tropicais, na Odeon. Um ano depois, Cyro Monteiro gravou na RCA Victor, o samba “Vivo bem”, parceria com Ari Monteiro. Em 1950, afastou-se da escola por problemas em relação à autoria de algumas composições e foi para a União de Vaz Lobo, só retornando à Portela no início da década de 1960.
Foi responsável pela revitalização do samba, na época em que surgiu a bossa nova. Zé Quietinho ou Zé Quieto eram os seus apelidos de infância. Quieto virou Kéti porque a inicial K do nome artístico era a letra que na época era vista como de sorte, nomeava estadistas como Kennedy, Krushev e Kubitscheck.
O próprio sambista divulgou a versão no Show Opinião, estrelado por ele, de 1964 a 1965 ao lado de Nara Leão e João do Vale. O seu primeiro grande sucesso veio em 1951, com o samba “Amor passageiro”, parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA Victor. No mesmo ano, seu samba “Amar é bom”, parceria com Jorge Abdala foi gravado na Todamérica pelos Garotos da Lua.
O Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h. É produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde.
WR/LF
Brasilidade homenageia o cantor Zé Keti
Neste domingo (01/06), o programa Brasilidade da FM Assembleia (96,7 MHz) rende homenagens ao cantor e compositor carioca José Flores de Jesus, conhecido como Zé Keti, que cantou o samba, as favelas, a malandragem e seus amores. Nasceu no bairro de Inhaúma, em 16 de setembro de 1921, embora tenha sido registrado, em seis de outubro.
Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, com a presença de nomes famosos da música popular brasileira, como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Em 1937, começou a frequentar a Portela ao lado do compositor Armando Santos, que era diretor da escola de samba.
No Café Nice, ponto de reunião da vida artística carioca, conheceu Lúcio Batista, Geraldo Pereira e Francisco Alves. Em 1940, ingressou na Polícia Militar, onde serviu por três anos. Entrou para o grupo de compositores da Portela - que ainda não era estruturado como "ala" - escola que mais tarde assumiu como sua de coração.
Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca “Se o feio doesse”. Em 1946, teve sua primeira composição gravada “Tio Sam no samba”, pelo grupo Vocalistas Tropicais, na Odeon. Um ano depois, Cyro Monteiro gravou na RCA Victor, o samba “Vivo bem”, parceria com Ari Monteiro. Em 1950, afastou-se da escola por problemas em relação à autoria de algumas composições e foi para a União de Vaz Lobo, só retornando à Portela no início da década de 1960.
Foi responsável pela revitalização do samba, na época em que surgiu a bossa nova. Zé Quietinho ou Zé Quieto eram os seus apelidos de infância. Quieto virou Kéti porque a inicial K do nome artístico era a letra que na época era vista como de sorte, nomeava estadistas como Kennedy, Krushev e Kubitscheck.
O próprio sambista divulgou a versão no Show Opinião, estrelado por ele, de 1964 a 1965 ao lado de Nara Leão e João do Vale. O seu primeiro grande sucesso veio em 1951, com o samba “Amor passageiro”, parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA Victor. No mesmo ano, seu samba “Amar é bom”, parceria com Jorge Abdala foi gravado na Todamérica pelos Garotos da Lua.
O Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h. É produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde.
WR/LF