A paixão por outros idiomas pode ser explicada pela banda The Beatles, que afirmou ser uma das mais fortes influências para sua carreira. O artista não era apenas cantor das multidões. Ele teve passagens pelas salas de aulas, tanto como professor de física e matemática, como aluno de Engenharia Civil.
O rei ainda tentou enveredar pelo mundo da política, mas nesse campo não alcançou sucesso. Reginaldo Rossi foi candidato pelo PDT a deputado estadual por Pernambuco nas eleições de 2010, sem êxito.
No início da carreira, em 1964, integrou a Jovem Guarda, no grupo The Silver Jets. Sua primeira gravação foi "O Pão", de autoria de Namir Cury e Orácio Faustino, nome do seu primeiro disco, lançado em 1965 pela Chantecler. O sucesso veio mesmo com "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme", regravada dezenas de vezes por vários artistas.
Nos anos 1970, saiu da cena roqueira jovem e adotou repertório popular e reconhecidamente brega, fazendo imenso sucesso no Nordeste e permanecendo praticamente esquecido no eixo Rio-São Paulo.
Em fins da década de 1990, Reginaldo Rossi ressurgiu no Sul do País, com o relançamento de seus discos em CD. O cantor e compositor passou a ser visto como "cult" e assinou contrato com a gravadora Sony.
Com cerca de 50 discos, entre inéditos e coletâneas, lançou mais dois em 1999, "King" e "Brilhante". Seus grandes sucessos são "Tô Doidão", "Gênio Cabeludo", "Garçom", "Por que Você Já Não Me Mata de uma Vez", "Não Quero Mais Saber de Ti", "Hei de Esquecer", "Aonde Você For Eu Vou Também".
Reginaldo Rossi costumava responder aos críticos de suas músicas. À revista Veja ele declarou em 2012: "As pessoas gostam de falar mal da música brega, mas, quando toca, todo mundo canta".
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e narrado por Narcélio Limaverde, Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
LA/LF