Os estudantes da Região Metropolitana que estão impossibilitados de realizar o pedido da carteira estudantil podem ir às ruas exigir seus direitos no próximo mês de abril, declara o presidente da Associação dos Estudantes do Estado do Ceará (Asesc), Cláudio Rocha. O impasse está acontecendo devido a um atraso na renovação da Lei nº 13.706, de 1º de dezembro de 2005, de acordo com o presidente da União dos Estudantes de Pacatuba (Uesp), Gutemberg Viana. Cláudio Roberto esclarece que as entidades tentaram a negociação até as ultimas instâncias, só depois levaram o movimento estudantil às ruas. "A intenção é esperar até o fim do mês de março. Se não obtivermos respostas de forma alguma, então, iremos conclamar os estudantes para reclamar seu direitos", diz. Gutemberg Viana comenta que conseguiu informações de que a Coordenadoria de Politicas Públicas da Juventude estaria credenciando novas entidades estudantis nesta semana. Ele ainda explica que, até o ano passado, apenas poucos grupos estavam credenciados para emitir a carteirinha metropolitana. "Teve uma audiência pública onde as demais associações pediram para o credenciamento, desde então, eles (Coordenadoria da Juventude) decidiram que formariam uma nova comissão para o processo das carteiras metropolitanas", afirma. A equipe do Diário do Nordeste tentou entrar em contato com o coordenador especial de Políticas Públicas de Juventude do Gabinete do Governador do Ceará (Cojuv), Ismênio Bezerra, porém, fomos informados de que ele está viajando e que nenhum dos outros funcionários poderiam passar informações sobre esta situação. Pauta O presidente da Asesc, relata que a Ordem dos Advogados do Ceará (OAB) encaminhou a pauta para a sua comissão de Educação e que, até sexta-feira, terá uma resposta. Com relação à Assembleia Legislativa, onde a lei está sendo discutida, a resposta provavelmente sairá na próxima terça-feira. "Nós queremos sensibilizá-los sobre a situação dos estudantes, por isso se não tivermos escolhas faremos uma manifestação", ressalta. O gestor da Uesp comentou que, caso a emissão de carteiras não ocorra, a situação de muitos estudantes ficará complicada. "O processo continua emperrado. E muitos alunos estão preocupados se vão conseguir o beneficio de pagar a meia".