Comissão de Educação recebe professores da rede pública municipal de Canindé
Foto: Dário Gabriel
A Comissão de Educação recebeu nesta sexta-feira (23/08), no Complexo das Comissões Técnicas, professores da rede pública municipal de Canindé. A categoria está em greve há 19 dias. Dentre muitos pontos da pauta de reivindicações está o reajuste salarial dos servidores docentes da Secretaria de Educação.
O deputado Professor Teodoro (PSD) sugeriu, em consenso com os deputados Júlio César Filho (PTN) e Rachel Marques (PT), o encaminhamento de ofício ao prefeito Celso Crisóstomo “para que ele em primeiro lugar se pronuncie acerca das reivindicações do Sindicato”. O deputado também pediu dos professores um “estudo de caso” da educação municipal junto aos órgãos competentes “e saber se de fato o prefeito tem cumprido a missão de gastar o dinheiro que recebe na educação, se não há alguma transferência de recurso para outra secretaria, pois se é da educação, tem que gastar na educação”.
Já a vice-presidente da Comissão, deputada Rachel Marques (PT), também apoiou a luta dos professores, defendendo que o reajuste seja estendido a toda a carreira. “Consideramos legítimas e justas as reivindicações”, disse, propondo que o ofício seja enviado também ao Tribunal de Contas dos Municípios.
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Canindé, Aurenice Santiago, explicou que a categoria reivindica 8% de reajuste de salário a partir de agosto e retroativo referente aos meses de março a julho no percentual de 5%. Além da garantia da incorporação do percentual de 5% no salário base a partir de janeiro de 2014, totalizando assim 13% de aumento para suspender a greve e garantir o canal de negociação para se chegar a 40%, como garante o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
“O prefeito se retirou da mesa de negociação dizendo que não negocia mais. Nós sabemos que ao se retirar da mesa da negociação é um prejuízo para os servidores, trabalhadores que querem trabalhar, mas também querem discutir reajuste de salário”, defendeu.
De acordo com a representante da categoria, a pauta foi protocolada no município de 21 de janeiro de 2013. “Então, como o prefeito recebeu o município numa situação desconfortável, nós entendemos isso, negociamos pagamento de salários atrasados, parcelamento do 13º salário, mas ficou o compromisso da gestão de ao terminar de concretizar o pagamento do 13º salário, em maio, a gente voltaria para discutir o reajuste de salário, mas o prefeito não se manifestou mais”.
A categoria se queixa que apenas os professores de ensino médio tenham sido contemplados com o reajuste. “Temos 46 professores de nível médio, o restante é de nível superior. O município se apresenta como se só esses professores de nível médio tivessem que ter seus salários corrigidos e não é”, disse.
Aurenice apontou algumas medidas que poderiam garantir a majoração dos salários, citando a redução de cargos comissionados e acabar com a contratação irregular praticada pela prefeitura “causando um aumento estratosférico do montante da folha de pagamento do município”.
LS/JU