Segundo o petista, o equipamento fomentará principalmente a agricultura familiar. Foram investidos cerca de R$ 11 milhões, sendo 43% provenientes do Tesouro Estadual, 45% de financiamento junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e 12% do Governo Federal – via Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A expectativa é de que 80 mil toneladas de produtos sejam comercializadas por ano nos quatro galpões do prédio, dos quais um é voltado exclusivamente à agricultura familiar. “Essa é uma conquista do povo cearense. Ganha a população daquela região. Em pouco tempo, serão 100 cidades atendidas”, projetou Antonio Carlos.

O parlamentar explicou que, com a Ceasa, produtos de qualidade serão vendidos a preços mais acessíveis. Pelo menos 1.000 empregos diretos devem ser gerados. “Estamos estruturando o Estado para o presente. Essa Ceasa demonstra isso”, frisou, citando outras obras importantes, como o Hospital Regional do Cariri (HRC), já em funcionamento, e o Hospital da Região Norte, em construção.

Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PSD) ponderou que, como o Estado dará contrapartidas ao BNDES, o investimento do Tesouro local chega, na verdade, a quase 90%.

FICHA LIMPA E CARNAVAL

Antonio Carlos comentou ainda a implementação da Lei da Ficha Limpa, que considerou "um avanço". E ponderou: "É uma iniciativa de cunho popular fundamental para o aperfeiçoamento da democracia. Mas é necessário que, na interpretação ou na regulamentação, se tenha muito claro os critérios para incluir uma pessoa na lista dos “ficha suja”. Não se pode colocar na vala comum pessoas sérias, de conduta ilibada e zelo pela coisa pública, por uma atecnia ou falta de documentação”, ponderou.

Em apartes, os deputados Ferreira Aragão (PDT) e Fernando Hugo (PSDB) reforçaram a reflexão do petista. “Ninguém mais quer ser secretário, porque qualquer besteirinha vai para o ficha suja. É preciso separar o bandido de quem não é bandido”, considerou o pedetista. “Vai ter candidato concorrendo esse ano sob efeito de liminar. Vai ter “nego” que vai apelar para a ONU, mas vai ser candidato”, acrescentou o tucano.

Por fim, o líder governista comemorou a queda nos índices de violência no Carnaval deste ano, em comparação com 2011. Os assassinatos caíram 41,5% (de 52 para 31); os acidentes retrocederam de 85 para 77 e o número de feridos caiu de 74 para 50. O total de mortos, no entanto, aumentou: de oito para nove. “Havia blitz em quase todos os locais, alertando a população para o risco de misturar bebida e volante”, pontuou.
BC/CG