Roberto Silva foi um dos sucessores do samba sincopado, gênero do samba marcado por letras de tom humorístico. Seu interesse pela música começou ainda criança, quando descobriu a vocação para o canto ao interpretar canções de Pixinguinha, Benedito Lacerda e Orlando Silva.
Na década dos anos 1930, começou a participar de programas de auditório. Seu talento logo foi levado para a Rádio Guanabara, onde estreou em 1938, no programa musical, Canta Mocidade. Em 1943, na Rádio Mauá, o sambista gravou seu primeiro registro fonográfico interpretando as canções “Ele é esquisito”, de Walter Rodrigues, e “O errado sou eu”, de Djalma Mafra.
Na Rádio Tupi, ele estreou no selo Star cantando os sambas “Raiou a aurora”, de Milton de Oliveira e Carvalhinho, e “Carolina”, de Haroldo Lobo e David Nasser.
A fama nacional só veio, em 1948, com o lançamento do samba “Maria Tereza”, de Altamiro Carrilho. Depois vieram os sucessos “Mandei fazer um patuá”, de Raimundo Olavo e Norberto Martins, “Quedê meu samba”, de Domingos Guimarães e Vicente Tonhoque e, “Minha vizinha”, de Cláudio Luiz.
Em 2012, aos 92 anos de idade, Roberto Silva subiu pela última vez ao palco se apresentando no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro. Ele faleceu no dia nove de setembro deste ano, vítima de complicações decorrentes de um câncer na próstata.
A narração é de Narcélio Limaverde e produção de Julyana Brasileiro. O Brasilidade é apresentado aos domingos, às 18h, com reprise às terças-ferias, às 23h.
Da redação/JU