Audic Mota relatou ser rodeado por familiares e amigos gastrônomos e afirmou reconhecer o desafio, a beleza e a importância da profissão para toda a sociedade cearense. “Somos reconhecidamente um dos pólos gastronômicos do Brasil e, certamente, vocês são responsáveis pelo desenvolvimento e, sobretudo, pela geração de emprego e renda no estado”, ressaltou.

Fábio Moreira, coordenador do Curso de Gastronomia da UniFametro, foi um dos 33 homenageados na solenidade. Segundo ele, a homenagem mostra uma “virada de chave” do olhar da sociedade para a profissão. “Que bom que tem mais gente acreditando que a gente pode fazer a essa profissão muito mais do que um simples reconhecimento. É uma profissão que trata com respeito, carinho e amor não só o alimento que produz, mas também as pessoas que consomem esse alimento”, frisou.

Para Martênia Gonçalves, professora do curso de Gastronomia da UniFanor, a homenagem mostra que, apesar de todas as dificuldades econômicas e sanitárias, os gastrônomos conseguiram, em todo esse processo, ressignificar a profissão. “A gente encanta pelos aromas, pelos sabores, pela afetividade, pela lembrança daquele alimento e prato especial que nos foi servido na nossa casa, nas nossas festas ou pelos nossos amigos”, enfatizou.

O gastrônomo Albertino Eduardo Galvão comentou que o glamour da gastronomia “fica somente na foto”, sendo, na verdade, permeada por muito trabalho duro. Ele também prestou homenagem a colegas chefes de cozinha que, segundo ele, representam a essência da profissão e demonstram dignidade, honestidade, qualidade e caráter.

Geny France Ferreira, presidente da Associação de Gastronomia do Ceará, destacou a importância de investir em projetos voltados para a busca de talentos em comunidades e salientou que o profissional de cozinha é a parte mais importante de qualquer empreendimento na área da alimentação. “Já que estamos falando de turismo e hospitalidade, somos um berço para receber pessoas. Para que isso aconteça e tenha uma inovação, deve haver treinamento, capacitação e busca de talentos”, defendeu.

Luciano Ferreira de Souza, presidente da Associação dos Chefes de Cozinha do Ceará, comentou sobre a importância de mobilizar o Brasil inteiro para a luta pela regulamentação da profissão de cozinheiro, atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

Já Taiene Righetto, representando a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), ressaltou que a gastronomia não é “só o ato de comer”, mas também uma cultura global. “Hoje, com tanta tecnologia, você consegue ter voz, consegue ter imagem, mas você só consegue capturar o sabor de outro lugar com a gastronomia”, apontou.

Lourival Soares de Aquino Filho, diretor geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE – Campus Baturité), informou que o IFCE hoje conta com cursos de Tecnologia em Gastronomia em dois campi da instituição – Ubajara e Baturité –, promovendo, assim, a interiorização da gastronomia e dando oportunidade às pessoas que não têm condições de deslocar-se até a Capital para buscar formação nessa área.

A gastrônoma Mattu Macêdo relatou sua trajetória na gastronomia e contou que busca ensinar às crianças que a gastronomia é a demonstração de amor pelo outro através da alimentação. “Nós, que somos gastrônomos, temos um amor infinitamente particular pelo outro e trabalhamos com a coisa mais importante que o ser humano tem, que é o alimento”, afirmou.

Também participaram do evento Alessandra Pinheiro, coordenadora do curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC); Thalma Clara Escócia da Silva, representando a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco; Hylana Bruna Martins Lopes, gerente comercial do Instituto Gastronômico das Américas (Iga), e Janaína Maria Martins Vieira, coordenadora do curso de Gastronomia da UniFanor.

BD/CG