Você está aqui: Início Últimas Notícias Encontros Escolares Cada Vida Importa encerra primeiro ciclo de atividades
O Comitê de Prevenção e Combate à Violência da Assembleia Legislativa do Ceará, que está à frente da iniciativa, mobilizará para a atividade cerca de 90 alunos de duas escolas, 45 da Escola de Ensino Fundamental e Médio Professor Jociê Caminha de Meneses, do bairro Bom Jardim, e 45 da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Padre Marcelino Champagnat, do bairro Barroso.
No auditório da Escola Porto Iracema das Artes, os alunos terão a oportunidade de se expressar sobre os encontros promovidos pelo comitê e vão acompanhar a representação final dos mapas afetivos dos respectivos bairros, consolidada a partir dos traçados feitos e elementos apresentados durante os trabalhos desenvolvidos em sala de aula com a equipe do comitê.
Na sequência da atividade de encerramento do ciclo de encontros escolares, o Planetário Rubens de Azevedo, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, estará com a entrada liberada para os estudantes experimentarem uma vivência do espaço solar.
Tanto o encerramento do primeiro ciclo do Encontros Escolares Cada Vida Importa quanto a metodologia dos mapas afetivos foram planejados para tornar mais atrativa e lúdica a discussão de um tema especialmente delicado, que é a violência letal.
MAPAS AFETIVOS
O mapa afetivo ou cartografia afetiva é um instrumento de pesquisa sobre determinado espaço que valoriza os relatos e os registros das pessoas que vivem ou convivem ali. É potencialmente também um instrumento de intervenção, na medida em que, por meio dele, identificam-se necessidades e potencialidades daquele local.
Os mapas afetivos que serão apresentados identificam os locais dos bairros dos alunos que eles consideram seguros ou violentos. “É interessante perceber que alguns lugares, como as praças, aparecem ora como espaços de segurança, ora como espaços também de violência”, observa o arte-educador Joaquim Araújo, articulador comunitário do comitê.
“Nos encontros realizados até agora, foram debatidas várias questões que atravessam o cotidiano dos alunos, sobretudo, na sua maioria, a experiência da dor da perda de familiares, amigos e conhecidos em função da violência, mas também sobre lugares de refúgio e segurança. E a escola se destacou como um local seguro e de refúgio, além dos seus lares, ao lado de seus familiares”, acrescenta a assistente social Franciane Santos, também articuladora comunitária do Comitê de Prevenção e Combate à Violência.
Os encontros escolares sobre prevenção de homicídios integram uma das frentes de ação consideradas estratégicas pelo comitê: sensibilização e formação. As atividades começaram a ser realizadas em 2022, como uma proposta dos articuladores comunitários da equipe, profissionais que mantêm uma relação de maior aproximação com as comunidades. Em cada escola, os articuladores promovem dois encontros com os alunos e uma atividade de encerramento.
Até o fim do ano, o comitê pretende realizar mais três ciclos de encontros, contemplando outras nove escolas da rede pública de Fortaleza, três por ciclo.
Da Redação/com Assessoria