Para debater o assunto, a atração recebe como convidadas a coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, Raquel Andrade, que também é presidenta da Comissão da Promoção da Igualdade Racial e vice-presidenta da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/CE); a militante da causa feminina há mais de 40 anos e coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Daciane Barreto, e a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Uninta Fortaleza, a psicóloga Germana Albuquerque Torres.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa a quinta posição mundial no ranking de homicídios a mulheres, em uma lista de 83 países. O País está abaixo apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, o Brasil registrou um estupro a cada 10 minutos e um feminicídio a cada sete horas. Entre março de 2020 e dezembro de 2021, mais de cem mil meninas e mulheres sofreram de violência sexual no Brasil.

O documento, elaborado a partir dos boletins de ocorrência das polícias civis das 27 unidades da Federação, aponta o registro de mais de 56 mil estupros de mulheres, inclusive de vulneráveis, no País, representando um aumento de quase 4% com relação a 2020. Informa também que somente no ano de 2021 o Brasil perdeu mais de 1.300 mulheres por crimes de feminicídio, sendo que quase 98% delas foram mortas pelo companheiro atual, ex ou algum parente. Mais de 66% das vítimas eram mulheres negras e mais de 70% tinham entre 18 e 44 anos.

Os dados indicam a urgência da implementação de políticas públicas de acolhimento, prevenção e enfrentamento à violência contra meninas e mulheres no Brasil.

No Ceará, de junho de 2018 até março de 2022, a Casa da Mulher Brasileira  atendeu quase 130 mil pessoas. A instituição atua com rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência. Gerida pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, a casa oferece acolhimento e encaminhamento da denúncia de forma ágil e especializada.

O local abriga a Delegacia de Defesa da Mulher, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, o Ministério Público e a Defensoria Pública, além de centros de referência municipal e estadual que ofertam atendimento psicossocial.

Com produção da jornalista Suely Frota, Um Lugar de Fala tem apresentação alternada entre as jornalistas Cibele Couto e Oona Quirino e participação das jornalistas Luciana de Andrade e Janaína Gouveia.

O programa é exibido às segundas-feiras, a partir das 9h10, com transmissão também pela FM Assembleia (96,7MHz). A atração é reprisada na segunda-feira, às 22h; na quarta, às 17h50; na sexta, às 20h30 e no sábado, às 22h.

RG/CG