Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Soldado Noelio avalia a situação causada pela paralisação de policiais
O parlamentar ressaltou que a paralisação afetou toda a população do estado do Ceará. Segundo ele, os policiais compõem a sociedade e também eram vítimas da violência que estava afetando o Estado naquele momento, assim como suas famílias.
Para Soldado Noelio, não adianta falar apenas dos efeitos dessa paralisação, é preciso avaliar as causas que levaram a essa crise, como também olhar as causas da paralisação que aconteceu entre 2011 e 2012 e situações semelhantes que ocorreram em outros estados.
O deputado argumenta que o Estado brasileiro diz que a polícia é uma categoria essencial e, por isso, é proibida de fazer greve, “mas esse mesmo Estado brasileiro não cuida desses profissionais, nem trata com dignidade. É o mesmo Estado que descumpre a lei que deveria regulamentar a carga horária desses trabalhadores”, afirmou.
Segundo o parlamentar, o Ceará não remunera de forma adequada as horas extras dos policiais há 12 anos e, por isso, estaria descumprindo a lei. Em consequência, muitos policiais estão fazendo horas extras sem serem remunerados. “Quando isso vai ser resolvido? São 12 anos de ilegalidade por parte do Governo”, cobrou o deputado. Soldado Noelio enfatizou que a melhor forma de evitar a paralisação dos policiais é valorizar o profissional.
O parlamentar explicou que o acordo fechado para finalizar a paralisação incluiu pautas que eram reivindicações desde a greve de 2011. “Essa comissão que será instalada para analisar as pautas dos policiais tem um papel importantíssimo para tornar realidade os direitos do trabalhador brasileiro, que são negados a uma categoria que é considerada essencial”, avaliou.
Ele ressaltou algumas questões que estão sendo consideradas fundamentais para os policiais. Segundo o deputado, o auxílio alimentação dos policiais tem o menor valor entre os servidores estaduais, e os profissionais pedem equiparação.
O parlamentar também destacou que é preciso pensar um plano habitacional, para evitar que eles e suas famílias sofram violência por morarem em locais dominados por criminosos. “Temos policiais que foram expulsos de suas casas por terem escolhido ser policiais. Eles saem para defender a população e deixam suas famílias vulneráveis”, frisou.
Soldado Noelio também criticou o que ele chamou de "uso politiqueiro" desse movimento. “É hora de o Estado cearense tratar o policial com dignidade e garantir direitos”, reforçou.
JM/LF