“O Governo já está proibindo a irrigação. Não quero discutir. Eu sei que a prioridade deve ser o consumo das pessoas, mas aquelas pessoas ali têm a vida dedicada àqueles negócios”, frisou.

Na avaliação de Mesquita, o governador Cid Gomes não dedica a devida atenção ao segmento da agricultura. “O que nós vemos de extensão rural, de crescimento proporcionado pelo Governo do Estado, do governador Cid, direcionado à agricultura, é muito pouco”, avaliou.

O deputado reconheceu a importância de se realizar o racionamento da água. No entanto, lembrou que os agricultores “não têm mais como suportar mais um ano de estiagem em suas culturas”.

Mesquita lembrou que o Brasil não passa, atualmente, por uma crise econômica – a exemplo de outros países – devido ao agronegócio.  “Foi o agronegócio que fez o Brasil dar esse salto, que fez o Brasil não envergonhar”, opinou.

Conforme destacou o deputado, apesar das condições peculiares do Estado do Ceará para a atividade, algumas regiões foram beneficiadas com o desenvolvimento do agronegócio. É o caso do município de Apuiarés, que produz coqueiro e mamão, dentre outras culturas. “Existe uma economia relativamente pujante para os parâmetros daquela região”, ressaltou.

Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV)  afirmou que o governador Cid Gomes incentiva, sim, o setor da agricultura, com o investimento de novas tecnologias a serem utilizadas para a amenizar os efeitos da seca. No entanto, lembrou que é preciso racionar a água. “Não podemos deixar qualquer agricultor pegar a  pouca água que nós temos e jogar de maneira aleatória”, disse.
RW/CG